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Motoristas formam filas em postos de combustíveis de Assis

Muitos estão apreensivos com a possibilidade de faltar combustível devido greve dos caminhoneiros

Redação AssisCity/ Fotos: Divulgação

  • 24/05/18
  • 09:00
  • Atualizado há 308 semanas

A greve dos caminhoneiros já está no seu quarto dia e tem feito o movimento dos postos de combustíveis aumentar, em Assis.

Isso porque a paralisação afeta os serviços de entrega, seja de combustíveis, produtos e até mesmo de alimentos. Os motoristas então correram para os postos da cidade, para garantir que tenham combustível para os próximos dias.

As filas eram grandes na manhã desta quinta-feira, 24. Em um posto localizado na Avenida David Passarinho, carros e motos aguardavam para conseguir abastecer.

Segundo Durval Salatini, proprietário do Posto GD, uma enorme fila se formou também na manhã desta quinta.

"Os caminhões estão parados na região de Ourinhos e não carregam. A última entrega aconteceu na terça-feira, 22, e não sabemos se haverá combustíveis para a próxima semana", afirma.

O gerente Paulo Rogério de Camargo, da rede de postos Stella e Almeida, informou que conseguiu receber combustível da região de Presidente Prudente, mas que em Ourinhos os caminhões seguem parados.

"Ontem eu conseguimos receber combustível da Distribuidora BR porque veio de Presidente Prudente. Porém, os motoristas já estavam preocupados com os protestos próximos à região e não sabiam se iriam conseguir voltar. Da Shell nós infelizmente já não conseguimos combustíveis desde ontem, porque a base é em Ourinhos. Os caminhões estavam até carregados, conforme conversei com os encarregados, mas foram parados e por isso não recebemos. Hoje cedo fiz contato novamente e o pedido está programado, mas é uma incógnita se vai vir ou não", afirma.

Segundo Paulo, o primeiro combustível que pode acabar é o etanol.

"Em relação ao consumo não apenas na nossa região, mas no Estado de São Paulo, o etanol com certeza tem um consumo muito maior e por isso deve acabar antes, caso haja essa falta. Por termos postos dentro do perímetro urbano, a tendência é que a gasolina e o diesel acabem em tempos próximos, mas vai depender de muita coisa. Se acabar o diesel dos postos das rodovias, pode ser que haja um fluxo maior para os postos da cidade. Estamos ansiosos para saber o que vai acontecer e para receber o combustível. Nos solidarizamos com a paralisação dos caminhoneiros, porque entendemos que os preços não param de subir e os consumidores estão pagando uma conta muito alta. O governo tem que intervir e esperamos que de forma madura e imediata", conclui.

A equipe do AssisCity tentou contato com o presidente do Sincopetro, mas até a publicação desta matéria não conseguiu retorno.

Alerta

De acordo com o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de São Paulo (Sincopetro), José Alberto Paiva Gouveia, a corrida aos postos pode causar uma falta generalizada de combustível, com consequências graves para a população.

"Nenhum posto está recebendo combustível e, normalmente, o estoque dura de três a quatro dias. Como já está havendo corrida para encher o tanque, o que pode acontecer é o desabastecimento", disse.

A situação mais crítica, segundo ele, é na região do Vale do Paraíba, onde muitos postos já estão sem diesel e gasolina.

"Quem tem grandes frotas, como as empresas de ônibus, está indo aos postos para abastecer, ou para preservar o estoque do seu próprio posto, ou porque já está sem combustível. Imagine uma fila de 40 ônibus para encher o tanque. Assim que acaba o combustível de um posto, eles vão para outro. Isso está acontecendo", contou.

Conforme Gouveia, a greve é um direito dos transportadores, mas o governo não pode assistir passivamente.

"Há risco de paralisação de serviços essenciais, como transporte público, coleta de lixo, até mesmo a segurança pública, pois as viaturas também precisam de combustível", conclui.

Postos amanheceram com fila na manhã desta quinta-feira, 24, em Assis

Fila em posto na Rua José Nogueira Marmontel

Motoristas estão com medo de que acabe o combustível devido à greve dos caminhoneiros

Fila de carros lotou estacionamento do Posto GD

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