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Copa do mundo: Política do Pão e Circo

COLUNISTA - Por Isabella Nucci

Isabella Nucci

  • 18/06/18
  • 21:00
  • Atualizado há 301 semanas

Por Isabella C. V. Nucci💫

Enquanto o Zé Povinho até mata pessoas em torcidas organizadas e assiste aos jogos da Copa embotados por um intenso patriotismo, que na verdade se dá pela manipulação de uma política hipócrita, os maiores chefões do futebol brasileiro foram condenados pela Justiça: José Maria Marin (ex-presidente da CBF) e Juan Angel Napout (ex-lider da Conmebol).

O primeiro, senhoras e senhoras, é acusado por formar organização criminosa, fraudar e fazer lavagem de dinheiro na Libertadores, além de concretizar outros trambiques na Copa do Brasil e na Copa América. Napout, por sua vez, é réu de cinco acusações das quais apenas duas foi inocentado. Ambos estavam em prisão domiciliar nos EUA e o final da história toda eu não sei - e isso também não importa.

O que importa realmente, caríssimos leitores, é que o Caso FIFA ainda é desconhecido por vários torcedores que, ao se doarem de corpo e alma para os jogos da seleção brasileira, nem se dão conta de que muita corrupção está envolvida no futebol do nosso Brasil. Sem falar na Política do Pão e Circo que, no passado, fazia os líderes romanos oferecerem à população comida e entretenimento para manter a ordem da nação e conquistar de maneira suja o seu apoio. Ou seja, meus queridos, por acaso a semelhança dessa política no atual governo seria apenas mera coincidência? Acho que não...

Afinal, Michel Temer - o Drácula maléfico que vive trambicando em Brasília, sentiria-se muito honrado se o Brasil fosse vitorioso na Copa e, consequentemente, seu ibope de atuação superficial nos campeonatos mundiais atrairia os mais precários de juízo ao seu favor. Concordam? Bem, caros colegas, acredito eu que nem há maneira alguma de não concordar com esta afirmação. Pois a Política do Pão e Circo é nitidamente clara em todas as Copas do Mundo - não só na de 2018. Sem falar nas Olimpíadas, que daí vai abranger o mesmo contexto só que num tom diferente.

Voltando ao principal desta conversa: em seguida, pessoal, quando os jogos terminarem e se o Brasil for vencedor, o Zé Povinho vai se orgulhar inutilmente da Pátria amada que, rapidamente, se encaminha diretamente lá para o fundo financeiramente escuro do poço. Preocupante, muito preocupante... Pois deveríamos todos torcer com a bandeira verde e amarelo limpa. Seria mais significativo acompanhar os jogos se o pão que nos oferecem não fosse apenas para dar mais espetáculos ao circo. Enfim, o espírito da Copa do Mundo se perdeu em meio às fraudes da FIFA e os torcedores, por sua vez, apenas vão encher a barriga e temporariamente se entreter enquanto as mordomias dos jogadores englobam um roteiro egoísta e interesseiro. Nada mais.

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