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Aplicadores do golpe do bilhete premiado são presos em Assis

Os policiais encontraram o bilhete da Loteria Quina, cujos números apostados coincidiam com aqueles que foram sorteados no dia 29 de março

Redação AssisCity

  • 21/06/18
  • 16:00
  • Atualizado há 304 semanas

Nesta quinta-feira, 21, três pessoas foram presas por conta do golpe do bilhete premiado, em Assis. A ocorrência teve início quando policiais rodoviários abordaram um veículo Vectra em frente à base, localizada na Rodovia Raposo Tavares (SP 270). No carro havia dois homens, de 31 anos e 40 anos, e uma mulher de 32 anos, todos de Rio Claro. Os policiais também encontraram uma porção de maconha.

Junto com um dos ocupantes, os policiais encontraram o bilhete da Loteria Quina, cujos números apostados coincidiam com aqueles que foram sorteados no dia 29 de março deste ano, no Concurso 4642.

A partir daí, a equipe da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) realizou um levantamento e apurou que no dia 19 de junho, terça-feira, na cidade de Presidente Prudente, havia sido aplicado o golpe do bilhete premiado. Por conta disso, foram encaminhadas as fotos dos indiciados, tendo a vítima reconhecido os ocupantes do Vectra como sendo autores do golpe. Os indiciados, ao serem indagados a respeito, confirmaram que havia aplicado o crime.

Segundo delegado da DIG, Ricardo Nascimento, este é sem dúvida um dos golpes mais tradicionais e antigos do Brasil, pois os primeiros casos remontam até os anos quarenta.

"Geralmente o golpe é praticado da seguinte forma: uma pessoa se passa por analfabeta ou pouco instruída, aborda pessoas idosas, de boa aparência, a qual é mostrado o bilhete premiado, forjado ou falso. Neste bilhete consta o número do bilhete premiado e o valor do prêmio. Uma segunda pessoa, já bem instruída, se aproxima e propõe ligar na Caixa Econômica Federal e confirma, na presença da vítima, os números premiados", afirma.

"O estelionatário então propõe a venda do bilhete para a vítima ou deixar o bilhete premiado em poder da vítima para recebê-lo posteriormente. Neste caso, ele pede uma garantia ou ajuda para receber o prêmio. Porém, antes de chegarem na Caixa Econômica Federal, o estelionatário pede garantia de que vão receber realmente o prêmio. Como forma de pressionar ou incentivar a vítima a ir sacar seu dinheiro no banco, aquele segundo estelionatário se diz pronto para comprar o bilhete, para que a vítima ache que está perdendo um bom negócio. Outra hipótese é o golpista se oferecendo como sócio da vítima na compra do bilhete e mostrando parte do dinheiro necessário", explica.

Ainda segundo o delegado, as pessoas devem evitar conversar com estranhos na rua e na frente de caixas eletrônicos. "É importante manter bem guardadas quantias em dinheiro e cartões de débito e crédito, bem como outros pertences pessoais. Prestar atenção, pois, em geral, mais de uma pessoa participa desse golpe, como alguém supostamente acima de qualquer suspeita. E, especialmente, jamais fornecer seus dados bancários, cartões e senhas para qualquer pessoa desconhecida. Caso seja mais uma vítima desse crime, não deixe de registrar ocorrência na Polícia Civil", conclui.

Carro aprendido utilizado pelos golpistas

Delegado da DIG, Ricardo Nascimento

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