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Pai de adolescente morta por padrasto não acredita em fatalidade e quer Justiça

Márcio conta como foram as últimas horas da vida de Carolina

Redação AssisCity/Foto: Divulgação

  • 28/08/18
  • 09:00
  • Atualizado há 291 semanas

Diante da repercussão do caso, o AssisCity ouviu o pai da jovem Ana Carolina da Silva Montolezzi, de 17 anos, que morreu no último sábado, dia 25 de agosto, em decorrência de um tiro desferido por seu padrasto, no Jardim Morumbi, em Assis.

Segundo o pai de Ana Carolina, Márcio Montolezzi, a garota foi levada por sua mãe e seu padrasto até a proximidade da casa dele, que mora na vila Ribeiro.

Juntos, pai e filha foram ao supermercado, e depois Márcio levou de volta Ana Carolina para a casa em que morava com a mãe e o padrasto.

"Minha filha veio para cá para irmos ao mercado mais ou menos 19h10, fomos ao mercado e depois a deixei quase em frente à casa em que mora com a mãe e o padrasto. Depois de uns 10, 15 minutos recebi uma ligação da mãe dela, desesperada, gritando, pedindo socorro e dizendo que o padrasto havia atirado em minha filha", contou o pai.

Segundo ele, a mãe disse que ocorreu uma desavença e que a filha tinha sido baleada, mas não citou que havia sido na cabeça. "Ela não me disse que havia sido acidental, nem no escuro, ela disse que houve uma briguinha, uma pequena desavença com ela e que ele deu o tiro. Falei para ela acionar então a polícia e o resgate, e chamei meu irmão e meu sobrinho para irem comigo até o local", contou o pai.

Segundo o pai, quando ele chegou ao local, já havia viatura da polícia e já estava sendo feito atendimento médico em sua filha.

A jovem foi encaminhada à UTI - Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Regional, mas não resistiu.

"Eu tinha um excelente relacionamento com a minha filha, quando ela ficava doente, levava ela ao médico. Há uns seis, sete meses, ela tentou se matar, levei ao psiquiatra. O que me intriga é uma casa com muro com mais de três metros, cerca elétrica e nenhum sinal de arrombamento, para pensar que fosse um ladrão. Minha filha tinha chave, morava lá. Tenho certeza de que a mãe falou briguinha e não ladrão. Ela morreu de graça", lamenta o pai.

Sobre o real motivo, o pai disse não poder afirmar nada, pois não estava no local no momento do tiro, mas que acredita na Justiça.

"Não posso afirmar nada, pois não estava no local no momento do tiro. Mas o médico que fez o atendimento disse que provavelmente foi a queima roupa, um tiro de perto, que chegou a machucar a garganta dela, pelo impacto da bala e que havia marcas também nos braços dela.

Esse é o perigo de uma pessoa armada e despreparada. Não farei Justiça com as próprias mãos, pois minha filha já está morta e não quero mais desgraça, mas creio na Justiça divina e também na do homem e que ela seja feita", desabafou o pai.

Questionado sobre a versão da mãe e do padrasto, o advogado Rodrigo Branco Montoro Martins, informou que eles estão muito abalados com o que aconteceu e que não vão falar sobre o assunto, pelo menos por enquanto. A versão dos dois foi dada pelo próprio advogado, por telefone, ao AssisCity.

Leia a entrevista:

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