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Familiares identificam corpo e mulher de Platina é sepultada

Edna Aparecida Rodrigues foi enterrada no Cemitério Municipal de Assis nesta terça-feira, 18

Redação AssisCity

  • 18/09/18
  • 11:00
  • Atualizado há 291 semanas

Na manhã desta terça-feira, 18, foi sepultado o corpo de Edna Aparecida Rodrigues, de 46 anos.

Ela foi identificada pelos familiares após seu corpo ser encontrado no Rio do Cristo, em Platina, na tarde desta segunda-feira, 17.

Edna estava desaparecida desde o dia 1º de setembro, quando deixou um bilhete e saiu de casa. A família fez diversos apelos na tentativa de descobrir seu paradeiro e inclusive acompanhou a primeira busca que o Corpo de Bombeiros fez no rio, mas que não obteve sucesso. Também foi feita busca com cães de faro, igualmente sem êxito.

Na ocasião, a mãe dela, Benedita Alves Rodrigues, confirmou que a filha apresentava um quadro depressivo e que recentemente havia se separado do companheiro.

"Eles estavam juntos há quatro anos, mas brigavam muito e já tinham brigado a semana toda. No sábado, quando ela foi resolver a questão do celular, ele arrumou tudo e avisou que estava indo embora. Creio que isso deixou minha filha, que já tem depressão e toma remédios, mais abalada. Ela voltou para Platina, para procurar ele, e como não encontrou, escreveu uma carta dizendo que não queria mais viver, que iria se jogar no rio e entregou para o irmão dele", detalhou a mãe.

Após um final de semana chuvoso, o nível do rio aumentou e o corpo da mulher acabou sendo levado até a ponte que cruza a cidade de Platina, onde ficou enroscado. A princípio não foi possível realizar a identificação, pois já estava em decomposição, bastante inchado, roxo e sem cabelos.

O corpo foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML) de Assis. Em contato com o tio de Edna, Hudson das Neves, ele informou que a família já havia identificado Edna.

Ela foi sepultada na manhã desta terça-feira, 18, no Cemitério Municipal de Assis. Edna trabalhava no Posto de Saúde de Platina e tinha dois filhos, de 22 e 26 anos.

A carta

A carta deixada por Edna deixava pistas aos familiares de que ela poderia ter se jogado no rio. Em alguns trechos ela afirma que "pra mim basta", "eu vou me jogar no rio", "sinto deixar meus filhos, minha mãe e meus cachorros".

Na despedida, ela afirma "Obrigada por tudo, não quero ser velada aqui em Platina e nem enterrada aqui. E agora ele agora uma lá no Mato Grosso que tem dinheiro e sustenta ele. Saudades eternas", conclui.

Apesar da tristeza envolvendo a morte de Edna, o fato chama atenção para o grave problema do suicídio. A equipe do AssisCity conversou recentemente com o médico psiquiatra Wilson Conde, que explicou mais sobre esse assunto que ainda é considerado um tabu, mas que precisa ser debatido pela sociedade. Assista:

Edna Aparecida Rodrigues foi sepultada no Cemitério Municipal de Assis

Carta deixada por Edna para a família

Carta deixada por Edna para a família

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