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Resistiremos por nossos direitos

COLUNISTA

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  • 03/11/18
  • 18:00
  • Atualizado há 281 semanas

Próximo governo federal defende reforma da Previdência, privatizações e é favorável à nova

lei trabalhista que legalizou contratos precários e terceirização irrestrita. O Sindicato manterá

sua luta em defesa dos trabalhadores.

Mesmo antes de tomar posse, o novo presidente e integrantes de sua equipe já anunciam

medidas prejudiciais aos trabalhadores. O recém-eleito presidente disse que estará em Brasília

na próxima semana para colaborar com a aprovação da reforma da Previdência, cuja tramitação foi interrompida por conta da pressão dos movimentos sociais e sindical. A proposta atual aumenta tempo de contribuição e idade mínima para aposentadoria, prejudicando os trabalhadores.

Seu futuro ministro da Fazenda, que é ultraliberal, também falou recentemente que a aprovação da reforma da Previdência é prioridade, e já defendeu inclusive a implantação de

um sistema de previdência privado, nos moldes do chileno, que achatou o valor da maioria dos

benefícios dos aposentados naquele país e, que ainda, possui dados em que aumentou o

número de suicídios entre idosos naquele país. Vamos mobilizar a sociedade para impedir a

reforma da Previdência da maneira que quer se fazer.

Em entrevista na terça-feira 30, o futuro ministro reforçou que as privatizações de estatais

serão os próximos passos. Antes do segundo turno, ele havia dito que o objetivo era privatizar

o máximo possível, o que incluía até mesmo os bancos públicos, como Caixa e Banco do Brasil.

Quando deputado federal, o novo presidente votou a favor da reforma trabalhista de Temer,

que retira direitos com a legalização de contratos precários e com a permissão da terceirização

irrestrita. Portanto, é esperado que seu governo trabalhe no sentido de garantir as condições

para que a nova lei trabalhista seja implementada com mais facilidade.

A eleição do candidato do PSL foi um cheque em branco dado pela sociedade ao futuro

presidente. Isso porque seu programa de governo é "extremamente vago" e o candidato se

recusou a ir a debates durante a campanha, o que contribuiu para a falta de clareza sobre suas

propostas.

Podemos deduzir o que está por vir levando em consideração que seu futuro ministro da

Fazenda defende medidas de um liberalismo radical. Portanto, podemos esperar a diminuição

do Estado e maior presença do mercado em políticas sociais como previdência, seguridade e

saúde.

*Helio Paiva Matos é presidente do Sindicato dos Bancários de Assis e Região

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