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"Extinção do Ministério do Trabalho é prejuízo ao trabalhador", confirma Sindicato dos Bancários

Presidente eleito, Jair Bolsonaro, disse à imprensa que o Ministério do Trabalho, criado há 88 anos, deve ser incorporado a algum ministério

Assessoria de Imprensa

  • 09/11/18
  • 10:00
  • Atualizado há 284 semanas

Depois de participar de almoço no Superior Tribunal de Justiça (STJ), em Brasília, no dia 7, o presidente eleito, Jair Bolsonaro, disse à imprensa que o Ministério do Trabalho, criado há 88 anos, deve ser incorporado a algum ministério, sem, contudo, informar qual deles. A declaração de Bolsonaro foi mal recebida por representantes dos trabalhadores. O secretário geral do Sindicato dos Bancários de Assis e região, Fábio Escobar, critica os prejuízos que surgirão com essa medida.

"O que significa isso para o seu interesse, trabalhadora e trabalhador?", pergunta. "Significa que ele vai retirar todos os direitos que ainda sobraram e não foram retirados pelo Temer; significa que ele não tem o menor respeito pelo trabalhador, e nem pelo trabalho; significa que não vamos ter onde discutir nesse governo novo a valorização do salário mínimo. Não vamos ter com quem discutir a manutenção da aposentadoria; não vamos ter com quem discutir nesse governo novo o seu fundo de garantia, as suas férias. Significa que ele vai fazer o que prometeu, acabar com a carteira assinada e acabar com todos os seus direitos", afirmou.

"Nós não vamos permitir isso. Trabalhador e trabalhadora, você não está sozinho. Nós estamos aqui para te defender. Se unifique com seus representantes, venham para a luta para defender os seus direitos. Está em risco o que sobrou deles depois que o Temer fez a reforma trabalhista. Isso é muito grave. É um presidente que não tem respeito pelo mundo do trabalho, pelo seu trabalho, por você que é trabalhador. E quando ele fecha o Ministério do Trabalho deixa claro isso. Por que ele não mexe nos ministérios que têm a ver com os empresários?!", criticou.

O Ministério do Trabalho, além de coordenar as políticas de geração de emprego e renda, viabilizar o acesso a serviços e benefícios (como o registro profissional, o seguro-desemprego, abono salarial e a emissão de carteira de trabalho), mediar a relação entre empregadores nacionais e trabalhadores estrangeiros, presidir o conselho do FGTS e gerir o Fundo de Amparo ao Trabalhador, também é responsável por fiscalizar o cumprimento das leis trabalhistas. "E é essa a parte mais sensível dessa mudança".

"O novo governo vai garantir apoio e recursos para que a fiscalização continue checando as condições de saúde, segurança e dignidade dos trabalhadores, corrigindo os problemas e autuando os responsáveis ou será destituída para atender às demandas por ''flexibilização'' de setores econômicos e empresários que apoiaram a candidatura vencedora?", questionou.

Secretário geral do Sindicato dos Bancários de Assis e região, Fábio Escobar

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