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Contos africanos e teatro de sombras: uma aula para nunca mais ser esquecida

Atividade foi desenvolvida pela professora Viviane Marquezini da Escola Dr. Clybas Pinto Ferraz

Divulgação/Escola Clybas

  • 29/11/18
  • 07:00
  • Atualizado há 278 semanas

A condição do negro em algumas produções didáticas ou literárias infantis nacionais, na maior parte das vezes, é inferior a do branco e o colocam de maneira inferiorizada, depreciativa, pejorativa ou em situações humilhantes. Nesse sentido, o preconceito racial dentro da estrutura tradicional manifesta-se, quase sempre, na luta do bem contra o mal, e, nesse contexto, a personagem negra, muitas vezes, representa o mal, e os elementos que justificam esse tratamento enaltecem em contrapartida as qualidades do branco vencedor.

Por outro lado, é importante ressaltar que algumas produções destinadas ao público infantil procuram denunciar as injustiças sociais e resgatar os valores humanos, ao contrário daquelas que, conscientemente ou não, reforçam os preconceitos étnico-raciais, bem como os estereótipos.

Possibilitar o acesso do alunado às obras de literatura infantil que possam colaborar para a formação do leitor crítico e antirracista torna-se imprescindível. Pensando no tema que é tão discutido na Semana da Consciência Negra e aproveitando o farto acervo da sala de leitura da Escola Dr. Clybas Pinto Ferraz, os professores se debruçaram sobre os contos tradicionais africanos, verdadeiras obras primas da tradição oral daquele continente, que retratam histórias contadas de geração em geração, até chegar no registro escrito.

Na cultura africana a fala ganha força, forma e sentido, significado e orientação para a vida. A palavra é vida, é ação, é jeito de aprender e ensinar.

"O poder da palavra garante e preserva ensinamentos, uma vez que possui uma energia vital, com capacidade criadora e transformadora do mundo. Energia que possui diferentes denominações para as diversas civilizações, por exemplo, para os bantus essa energia é hamba, já para o povo iorubá a energia é o axé".

As palavras são da professora Viviane Marquezini, que junto com os alunos do 9º E aparentaram um verdadeiro espetáculo aos alunos do 6º A. Por meio do teatro de sombras, contos da tradição oral africana ganharam vida e movimento. O evento foi realizado no dia 23 de novembro, sexta-feira.

Por meio do teatro de sombras, contos da tradição oral africana ganharam vida e movimento

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