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Médico da Euroclínica explica os diferentes tipos de câncer ginecológicos e como preveni-los

Doutor Carlos Izaias Sartorão Filho reuniu os principais tipos de câncer ginecológicos e explica os cuidados necessários para evitar cada um deles

Redação AssisCity/ Foto: AssisCity

  • 25/06/19
  • 08:00
  • Atualizado há 251 semanas

O câncer é uma doença que assusta pacientes ao redor do mundo, especialmente as mulheres. A saúde feminina tem suas especificidades e, claro, complexidades distintas em relação ao homem.

Para esclarecer muitas dúvidas em relação ao assunto, o doutor Carlos Izaias Sartorão Filho, da Euroclínica, em Assis, reuniu os principais tipos de câncer ginecológicos e explica os cuidados necessários para evitar cada um deles.

Câncer do colo do útero

O câncer do colo do útero é um dos tipos mais falados da doença, mas que pode ser evitado com prevenções primárias e também secundárias.

Hábitos de vida como não beber, não fumar e praticar atividades físicas, além da vacinação contra o HPV, são algumas das maneiras de evitar que a doença se manifeste. Já a prevenção secundária inclui consultas periódicas ao ginecologista e exames mais detalhados que poderão apontar alguma alteração.

"O Ministério da Saúde preconiza que mulheres a partir dos 23 anos façam o exame de Papanicolau pelo menos a cada três anos, mas o ideal seria o acompanhando anual. O HPV é a doença que está relacionada a 99% dos casos desse tipo de câncer, e a melhor forma de prevenção é a vacina", afirma.

A vacinação contra o HPV está disponível na rede pública e deve ser realizada em crianças de 9 a 15 anos. Trata-se de uma doença sexualmente transmissível e que pode ser evitada se a população se prevenir.

"O uso do preservativo durante as relações sexuais também é outro fator de prevenção importante. Especialmente no caso dos homens, a vacinação é importante e o uso de preservativo é um dever, principalmente entre os mais jovens, que ainda não têm uma relação monogâmica com uma única parceira", salienta.

Câncer de mama

Segundo as estatísticas, cerca de 30 a 40 mil casos de câncer de mama são diagnosticados por ano. Ao longo de toda a vida, uma a cada 10 mulheres terá a doença, que infelizmente ainda não tem métodos de prevenção que possam impedi-la de se manifestar.

"O câncer na mama é muito ligado a fatores de hereditariedade, mutação genética e a idade. Claro que a paciente que tem uma qualidade de vida melhor terá mais chances no tratamento e na remissão da doença, mas isso não impede que ela apareça", explica.

O principal fator do câncer de mama é a idade. Quanto mais idosa a paciente, maiores são as chances da doença se desenvolver. As sociedades médicas que estudam o assunto preconizam que as mulheres devem fazer a mamografia a partir dos 40 anos de idade. A partir dos 50, as pacientes devem realizar o exame bianualmente até os 70 anos.

"O sucesso do tratamento nesse tipo de câncer é o diagnóstico precoce. O tempo para que a doença seja detectada é grande, variando entre 5 a 10 anos o período para o nódulo passar de 1 milímetro para 2 centímetros, que é o tamanho ideal para o tratamento e a cura. Porém, até que o nódulo tenha esse tamanho, o autoexame raramente detectará, já que não se trata de um nódulo palpável nesse estágio", diz.

Por isso, doutor Sartorão reforça a importância dos exames de imagem, como a mamografia e o ultrassom das mamas.

"Há um teste genético capaz de detectar se a mulher tem ou não alguma alteração genética que possa levá-la ao câncer. Porém, é um exame caríssimo e que ainda não está disponível para a maioria da população. Por isso, qualidade vida, bons hábitos e exames preventivos ainda são as melhores alternativas para evitar a doença", reafirma.

Câncer do endométrio

O câncer do endométrio é um tipo mais raro e que atinge especialmente mulheres acima dos 50 anos, obesas, diabéticas e hipertensas. Normalmente, a doença não apresenta sintomas, ou no máximo um sangramento vaginal após a menopausa.

"A prevenção são os hábitos saudáveis e, novamente, os exames ginecológicos periódicos. O ultrassom é um bom método de investigação e esse rastreamento pode ser feito anualmente ou a cada dois anos. Um endométrio acima de 5 milímetros deve ser investigado para afastar a possibilidade desse tipo de câncer", explica.

Câncer no ovário

Esse tipo de câncer também é considerado raro, mas também atinge mulheres mais jovens. Segundo o médico, a questão hereditária deve ser levada em consideração, assim como o câncer de mama.

"Infelizmente trata-se de uma doença que também não apresenta sintomas e, quando há, o câncer já pode estar em um estágio bem avançado. O ultrassom é o método mais eficiente e adequado para que o médico possa detectar precocemente qualquer alteração e iniciar o tratamento".

Câncer na vulva e na vagina

Também considerados raros, esses dois tipos de câncer estão mais relacionados à pele. A orientação é que, caso a paciente note alguma alteração, procure o médico para investigar o quadro.

"Sempre que se fala em câncer, uma história de terror se desenha em nossa cabeça. Mas felizmente, a medicina já avançou para que a paciente, fazendo o tratamento precoce e adequado, ela possa ter uma sobrevida, uma qualidade de vida e chances de cura bem grandes. As cirurgias já são menos agressivas e mais estéticas, como por exemplo da mama", finaliza.

Serviço

Euroclínica

Rua Benedito Spinardi, 1440 - Jardim Europa/Assis

Telefone: (18) 3324-2122

Doutor Carlos Izaias Sartorão Filho, médico ginecologista e obstetra

Euroclínica Assis

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