Funcionária da Câmara de Tarumã retorna ao trabalho após Mesa Diretora acatar parecer de Comissão

Nesta quarta-feira, 21 de agosto, a Mesa Diretora acatou o parecer da Comissão Processante do Legislativo, que absolveu a servidora da Câmara de Tarumã suspeita de encontro amoroso em veículo público.

Segundo o presidente da Câmara, José Roberto de Almeida, a Mesa deu parecer positivo ao relato, já que as investigações não encontraram indícios de irregularidade na conduta da funcionária Vanessa Pereira da Silveira Rodrigues, seguindo a legislação do município.

Os vereadores teriam o prazo de 10 dias para análise do parecer, que foi emitido nesta terça-feira, 20 de agosto. O documento, no entanto, foi analisado já nesta quarta-feira, 21.

Além disso, a Mesa Diretora definiu o arquivamento do processo, que não precisará ser votado em plenário. "A portaria foi comunicada ao advogado da servidora, que já retornou ao trabalho", informou.

Ainda de acordo com Eliane Coimbra Milck, Procuradora Legislativa da Câmara de Tarumã, a Portaria foi expedida nesta quarta-feira e a Mesa Diretora acatou o Parecer da Comissão Processante, que decidiu pela absolvição de Vanessa.

"Para a Comissão, não houve provas suficientes de irregularidade na conduta da mesma. Em análise da Comissão, os vídeos e depoimentos de testemunhas nada comprovam o suposto 'encontro amoroso' alegado pelo denunciante. Assim, a servidora retornou ao serviço hoje, sendo arquivado o processo administrativo", afirma.

O caso

O caso de Vanessa ficou conhecido porque o denunciante, também servidor público de Tarumã, filmou a viatura que a contadora conduzia no dia 10 de julho, por volta das 15h30. O veículo estava estacionado nas proximidades de uma empresa de tecnologia de Assis, e o denunciante afirmou, na narração das filmagens, que o veículo público estava sendo usado para "encontro amoroso".

As imagens e as sérias acusações, apesar de nada mostrarem de conclusivo, ganharam a mídia e as redes sociais, espalhando a história para toda região. Segundo a defesa da servidora, "não houve infração à lei pelo simples fato de alguém entrar no veículo, e que não havia prova de desvio de conduta".

De acordo com Cláudio Alvarenga, um dos advogados da contadora, "a justiça prevaleceu, mas ela sofreu as consequências de ter algo de sua vida espalhado em redes sociais antes de qualquer prova. Temos de ter muito cuidado com isso. Uma pena que as pessoas ainda tenham esse tipo de comportamento, movidas por aparecer em canais de mídia, não medindo as consequências", finaliza.