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Psiquiatra assisense fala sobre a importância do Setembro Amarelo

A psiquiatra Laís Cristina Cavassini Begosso atende na Clínica Renascer

Redação AssisCity/ Fotos: Divulgação

  • 23/09/19
  • 13:00
  • Atualizado há 239 semanas

Divulgação

A médica psiquiatra Laís Cristina Cavassini Begosso atende pacientes a partir dos 12 anos de idade na Clínica Renascer, em Assis. Durante o mês de setembro, ela alerta sobre a importância da campanha Setembro Amarelo, cujo principal foco é a prevenção ao suicídio.

Segundo Dra. Laís, o mês se tornou um símbolo para que todos se atentem à saúde mental. Especialmente porque o suicídio é atualmente a segunda principal causa de morte entre adolescentes e jovens de 15 a 29 anos. A cada ano, aproximadamente 800 mil pessoas tiram sua própria vida, e esse número é ainda maior se as tentativas de suicídio também forem levadas em conta. No Brasil, ocorre um caso de suicídio a cada 46 minutos, mas cerca de 90% dos suicídios são evitáveis com um correto tratamento, além de acompanhamento psiquiátrico e psicológico.

As causas

"A principal causa de suicídio são os transtornos mentais, entre eles o transtorno bipolar, transtornos do humor (ansiedade, depressão), transtornos ligados ao uso e abuso de substâncias lícitas (álcool) e ilícitas (drogas)", afirma.

"O suicídio tem um índice maior entre jovens de 15 a 29 anos por estar ligado a um comportamento de aumento no impulso, aumento nas cobranças sociais e pessoais, uso excessivo da internet, sedentarismo, reeducação na capacidade de resiliência nos dias atuais, desemprego. Ou seja, toda parte mental do adolescente ainda está em desenvolvimento, as questões da resiliência e capacidade de lidar com frustração podem não estar prontas", considera.

A médica ressalta que o fator genético também pode ser determinante para o desenvolvimento de quadros de transtornos mentais, assim como o meio em que se vive e situações sociais que podem influenciar no aparecimento destes quadros. "Pessoas que têm parentes de primeiro grau com depressão, têm maior risco a terem um quadro da doença devido a um risco genético de duas a três vezes maiores em relação a quem não apresenta casos na família", frisa.

Reconhecendo os sintomas

Segundo a psiquiatra, alguns sintomas podem indicar um quadro depressivo, como a perda do prazer em atividades diárias, desânimo, indisposição, dificuldades para manter a rotina, falta de energia e fadiga, assim como perda do sono e dificuldades para se alimentar.

"Falar sobre transtornos mentais e sobre o suicídio é muito importante para a prevenção, pois pessoas que apresentam sintomas depressivos podem se atentar à sua própria condição e procurar ajuda. A depressão ainda é um tabu, as pessoas sofrem preconceito e são discriminadas por terem transtornos mentais. Muitos ainda acreditam que a pessoa ter depressão a torna incapaz, mas não é assim. A depressão e outros transtornos são tratáveis e os pacientes podem se curar", salienta.

Segundo a psiquiatra, todos nós devemos ficar atentos às pessoas em nossa volta para identificar alguns possíveis sinais como:

- Isolamento;

- Perda do prazer nas atividades diárias, desânimo, falta de vontade de conversar;

- Insônia, dificuldades no trabalho;

- Reclamações constantes sobre cansaço e vontade de desistir.

A médica também chama a atenção para o fato de que o tratamento e a prevenção são as melhores formas de abordar o tema. Afinal, a depressão é uma doença como outras e exige acompanhamento profissional, mas não exclui e nem incapacita pessoa.

O tratamento

"Acolher e ver que não é frescura certamente vai ajudar muito a pessoa. Com o diálogo, o paciente vai perceber que você está ali para ajudar. Não podemos nunca esquecer a importância de buscar por ajuda profissional. Os pais devem estar atentos aos filhos adolescentes, as escolas atentas aos alunos, em especial casos de pessoas que sofrem com automutilações", ressalta.

Dra. Laís considera também que falar sobre os sentimentos não torna ninguém depressivo. Em muitos casos, falar sobre algo angústias e aflições pode acalmar, além de ser libertador.

"O suicida não se mata por que está querendo, mas pelo sofrimento que está vivendo. Falar, acolher, conversar e contar sua experiência pode ajudar quem está sofrendo. Falar sobre o tema não irá incentivar a pessoa a fazer algo, mas ela vai se sentir acolhida e irá se abrir", pontua.

A médica ressalta ainda a importância de procurar ajuda por meio de diferentes canais, como o Centro de Valorização da Vida (CVV), que conta com pessoas treinadas e preparadas para ouvir e ajudar pessoas. O número de atendimento é o 188, a ligação é gratuita e pode ser feita todos os dias da semana, 24h por dia.

Em Assis há ainda o projeto Psicologia na Praça, que atende pessoas uma vez ao mês na Praça Arlindo Luz. Há também atendimento gratuito nas clínicas de pesquisa e psicologia aplicada dos cursos de psicologia da UNIP e da UNESP, cujos profissionais em formação atendem pacientes em seus estágios supervisionados por professores. É importante saber que essas possibilidades estão à disposição para que fique claro que ninguém precisa sofrer sozinho.

Clínica Renascer Assis

Endereço: Avenida Professor José Bolfarini, 396

Telefone: (18) 3324-2518

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divulgação - Dra. Laís Cristina Cavassini Begosso atende na Clínica Renascer de segunda à sexta
Dra. Laís Cristina Cavassini Begosso atende na Clínica Renascer de segunda à sexta

Clínica Renascer, em Assis
Clínica Renascer, em Assis

Clínica Renascer fica localizada na Av. Professor José Bolfarini, 396, em Assis
Clínica Renascer fica localizada na Av. Professor José Bolfarini, 396, em Assis

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