Chuva forte deixa 800 crianças sem aulas e destrói galerias pluviais em Echaporã
As cabeceiras de algumas pontes de bairros rurais também foram danificadas
As intensas chuvas que atingiram Echaporã na tarde desta quarta-feira, 27 de novembro, causaram danos em diversas regiões da cidade.
Em pouco mais de 60 minutos foram registrados 100 milímetros de precipitação na estação da agência De Olho No Tempo Meteorologia/PDRadar, localizada no Centro da cidade e com acumulado em três horas de 194,4 mm.
Essa foi a segunda maior chuva da história de Echaporã, que ficou abaixo apenas do montante de 220 mm registrado, em um período de 24 horas, no dia 19 de março de 1970.
Leia mais: Em 49 anos, Echaporã pode registrar a maior chuva de sua história
Escolas e suspensão das aulas
De acordo com o prefeito Luís Gustavo Evangelista, três escolas foram completamente alagadas, alguns computadores foram danificados pelas chuvas e as aulas tiveram que ser suspensas nesta quinta-feira.
"Cerca de 800 crianças ficarão sem aulas e o transporte escolar que percorre os bairros rurais também não tem condições de ser realizado nesta quinta-feira, pois as cabeceiras de algumas pontes que ligam os bairros rurais à região central foram danificadas. Estamos percorrendo toda a cidade para avaliar os danos sofridos com a chuva", conta.
Galerias pluviais
O prefeito considera que as obras que eram realizadas na rede de galerias pluviais na zona norte da cidade, no bairro Barra Funda, também foram completamente danificadas.
"Nós conseguimos junto ao governo do Estado um recurso no valor de R$ 500 mil para resolvermos os problemas com as galerias pluviais que atendem cerca de 80% da cidade, e que há 10 anos enfrentava problema. Esta obra seria concluída em aproximadamente 15 dias, porém com as chuvas desta quarta-feira, todo o trabalho foi perdido", ressalta.
Famílias desabrigadas
O volume de chuva em Echaporã fez com que algumas casas ficassem alagadas, mas de acordo com o prefeito, apenas uma família ficou desabrigada.
"A casa desta família foi inundada e a água ficou represada, causando danos nas estruturas da residência. Mas nós retiramos a família dessa área de risco e locamos uma casa para que eles fiquem até que o problema seja resolvido", ressalta.
O prefeito considera também que os danos sofridos foram grandes e ele acredita que será necessário decretar estado de emergência.
"A decisão será tomada apenas após toda a cidade ser avaliada e realizarmos uma reunião com o departamento jurídico da prefeitura, o que deve ocorrer ainda nesta quinta-feira", finaliza.