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Mudanças Climáticas: o papel das cidades e dos cidadãos

COLUNISTA - Professor Thiago Hernandes

Prof. Me. Thiago Hernandes

  • 03/12/19
  • 08:00
  • Atualizado há 228 semanas

Inicia-se nesta semana na cidade de Madrid (Espanha), mais uma edição anual da Conferência

do Clima, a COP 25. Como o próprio nome já remete, o foco deste encontro consiste em

debater os efeitos das mudanças climáticas sobre o planeta e a sociedade.

Conforme dados do IPCC (sigla em inglês de Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas - órgão vinculado à ONU), as temperaturas médias do planeta estão aumentando desde o início da Revolução Industrial a uma velocidade jamais registrada.

Segundo este órgão, caso nada seja feito de forma intensa e eficaz em curtíssimo tempo, os desdobramentos das mudanças climáticas se consistirão em danos irreparáveis e irreversíveis. Dentre os principais efeitos citam-se: aumento da temperatura média global, mudanças nos padrões atmosféricos (maior intensidade em eventos extremos como secas e inundações), mortandade de corais, perda de biodiversidade, redução das áreas agricultáveis, ressurgência de enfermidades e de "pragas" de diferentes ordens, aumento do nível dos oceanos, deslocamentos populacionais e em muitos lugares, acirramento de conflitos bélicos.

Mas diante de um cenário tão desafiador, emerge o questionamento: "O que cada um de nós

pode fazer para enfrentar estes problemas? Qual o papel da cidade e dos gestores públicos?".

Diante destes questionamentos, muitas possíveis respostas surgem, mas evidencio de forma distinta algumas condutas que certamente gerarão valores positivos.

Em relação aos cidadãos cito: preferenciar o uso de biocombustíveis para os veículos (etanol), combater o desperdício de alimentos, manter áreas verdes em suas residências, promover a destinação seletiva de seus rejeitos (coleta seletiva), priorizar o transporte coletivo e alternativo sempre que possíveis, economizar água, evitar compras sem necessidade dentre outras.

Quanto ao poder público na escala local, este pode agir de várias formas, tais como: criando uma eficaz estrutura de transporte coletivo, ampliar de forma tecnicamente correta o plantio de árvores e ampliação quantitativa e qualitativa das áreas verdes, estimular iniciativas voltadas à coleta seletiva e à agricultura urbana, fiscalizando e punindo mediante respectiva responsabilidade todos os indivíduos que venham a infringir a lei dentre outras medidas.

Fiz questão de evidenciar o papel das cidades (gestores e moradores), pois, estas emergem como o ambiente que abriga mais da metade da população global, e no caso do Brasil, mais de 86% do total nacional. Assim, sendo um espaço marcado pela intensa aglomeração de pessoas, tudo o que se desdobrar nela, refletirá em todos em escalas diferentes, sendo que infelizmente, os mais humildes serão os que primeiramente sentirão os efeitos das mudanças climáticas.

Ante a estes breves apontamentos, evidencio que para a humanidade ter êxito no enfrentamento dos desafios vinculados as mudanças climáticas, é deveras importante que

TODOS os agentes que integram a sociedade, do local ao global façam sua parte de forma responsável sem se omitirem de suas atribuições.

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