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Antiga Usina Pau D'Alho recebe investimentos e reestreia na safra 2020/21

A Ener Sugar terá parceira dos fornecedores da região de Assis

Giovanni Lorenzon - Nova Cana

  • 02/12/19
  • 15:00
  • Atualizado há 229 semanas

A antiga Usina Pau D'Alho, de Ibirarema, moeu cana pela última vez em 2013. A empresa se tornou Ener Sugar e vai voltar ao mercado em 2020, após investimentos iniciais de R$ 5 milhões na recuperação dos equipamentos industriais. Os novos proprietários também já estão renegociando contratos de venda de energia que foram interrompidos e vão decidir o percentual do mix mais à frente.

A princípio, um volume de 1 milhão de toneladas de cana marcará a reestreia da indústria. A matéria-prima, comprada acima do preço de referência, é um dos diferenciais da unidade, localizada em Ibirarema, no sudoeste paulista.

Divulgação - Antiga Usina Pau D'Alho, de Ibirarema, agora se tornou Ener Sugar e vai voltar ao mercado em 2020
Antiga Usina Pau D'Alho, de Ibirarema, agora se tornou Ener Sugar e vai voltar ao mercado em 2020

Em um setor onde a matéria-prima próxima e garantida é fundamental, a Ener Sugar terá a parceira dos fornecedores da região de Assis. O empresário Sylvio Ribeiro do Valle Mello Jr., que assumiu a unidade, é presidente da Associação Rural dos Fornecedores e Plantadores de Cana da Média Sorocabana (Assocana).

Para o novo usineiro, que até então atuava como fornecedor, a expectativa é a criação de um relacionamento comercial que valoriza o produtor e que traga cana de qualidade para a usina - e isso inclui um regime de contrato diferenciado. "Agora, poderemos criar um polo de desenvolvimento regional forte", aposta.

Na safra 2020/21, que começa em abril do próximo ano, o empresário acredita na replicação de outra temporada alcooleira. Em uma estimativa, o volume de 1 milhão de toneladas cana pode render, diariamente, em torno de 900 toneladas de açúcar e 500 mil litros de etanol.

Recomeço

Começar sem dívidas é outro aspecto favorável para a empresa, acredita Mello. Segundo ele, a expectativa é boa, levando em conta o andamento das renegociações que estão sendo feitas com os antigos compradores de energia.

Desde 2017, Mello e seu sócio buscaram limpar as pendências judiciais da unidade. De acordo com ele, poucos credores criaram resistência e foi iniciada também uma busca por outros investidores para o negócio. Porém, eles desistiram diante de exigências que consideraram despropositadas.

Além disso, com a economia do país sem ritmo e a sucroenergia ainda em recuperação de uma crise econômica, eram poucos os fatores de estímulos. "Mas agora, com as expectativas melhores, inclusive para o nosso setor, estamos abertos", afirma o empresário, lembrando que os planos da Ener Sugar envolvem atingir uma moagem de 4 milhões de toneladas por safra. Hoje, a capacidade instalada é de 2,2 milhões de toneladas.

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