Verde que te quero verde: o papel das árvores no contexto ambiental das cidades
COLUNISTA - Professor Thiago Hernandes
Quando se fala em qualidade de vida urbana, muitos são os fatores que permeiam esta grandeza, como por exemplo a oferta de empregos, indicadores educacionais, bons serviços de saúde, segurança pública, mobilidade dentre outros. Entretanto, nos últimos anos outro item vem ganhando destaque na pauta da sociedade e dos gestores públicos, me refiro a arborização urbana.
Entende-se por arborização urbana como o processo de introdução e condução de espécies rbóreas em espaços específicos, como passeios públicos(calçadas), canteiros centrais, praças, fundos de vale, jardins e afins.
Dentre os benefícios decorrentes da arborização urbana eficiente, tem-se:
- melhor conforto térmico;
- embelezamento visual;
- sequestro de carbono;
- aumento da umidade atmosférica;
- maior infiltração de água (o que recarrega aquíferos e diminui enchentes e inundações);
- formação de habitats para animais e outros vegetais;
- sombreamento;
Para que este processo seja eficaz e não traga problemas ao longos dos anos, faz-se necessário a adoção de um conjunto de procedimentos técnicos, tais como:
- seleção dos lugares aptos a receber os exemplares (visto que nem todo lugar é passível de cobertura arbórea);
- escolha das espécies apropriadas para cada lugar que as receberão;
- criação de uma política pública permanente específica para este segmento, compreendendo o plantio e a condução dos exemplares ao longo de sua vida útil;
- formação e capacitação de equipe de trabalho;
- trabalho de orientação junto a comunidade;
- parcerias com empresas e entidades na condução de atos temáticos referente ao plantio (exemplo de projetos "adote esta área");
Entretanto, muitas vezes estes cuidados não são respeitados, e por este motivo diversos problemas surgem ao longo dos anos. Dentre as adversidades decorrentes, destacam-se:
- podas mal conduzidas que levam ao adoecimento e encurtamento prematuro do tempo de vida útil do exemplar arbóreo;
- raízes que causam danos as calçadas, e as redes de água, esgoto e de gás (quando houver);
- sombreamento excessivo que prejudica a iluminação no período noturno, fato este que compromete a segurança;
- quebra de galhos e quedas de árvores em cima de pessoas, carros e casas;
- atração de animais terrestres e voadores inadequados ao contexto urbano;
Trazendo a discussão desta temática à luz da realidade assisense, pode-se dizer que um interessante trabalho de introdução de exemplares arbóreos está sendo feito em diversas zonas da cidade, compreendendo passeios públicos, canteiros centrais, parques além de parcerias com empresas e entidades de diferentes segmentos.
Tais iniciativas ao longo dos anos sustentará a construção de uma nova paisagem urbana em Assis, visto que os ipês ao florirem, as copas ao crescerem e as palmáceas se formarem, promoverão um embelezamento visual ímpar, além de uma significativa melhoria no conforto térmico de uma cidade que tem na maioria de deus dias temperaturas elevadas e Sol abrasivo.
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