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2020: Um Ano de Desafios na Geopolítica Mundial

COLUNISTA - Professor Thiago Hernandes

Divulgação

  • 07/01/20
  • 09:00
  • Atualizado há 220 semanas

Não obstante da forma que o ano de 2019 terminou, 2020 já em seus primeiros dias começa com uma crescente tensão na geopolítica internacional. Refiro-me aos desdobramentos decorrentes do atentado conduzido pelos Estados Unidos que culminou na morte do General Iraniano Qasem Soleimani, considerado por muitos especialistas como o segundo homem mais forte do Irã.

Soleimani começou sua carreira militar durante a Guerra Irã-Iraque na década de 1980, onde chegou a comandar a 41ª Divisão do Exército. Então passou a conduzir as forças iranianas em ações no exterior, providenciando ajuda para grupos xiitas e curdos anti-Saddam Hussein. Posteriormente, prestou auxílio ao Hezbollah, no Líbano, e ao Hamas na Palestina, bem como ajudou as forças do governo de Bashar al-Assad a lutar contra os rebeldes durante a Guerra Civil Síria.

Ao longo de sua carreira nas forças armadas, Soleimani manifestava forte apoio a grupos "anti-americanos" no Oriente Médio, bem como teve papel preponderante na consolidação do Irã enquanto potência militar na região. Isso tudo fez com que o governo dos Estados Unidos concedesse a ele diversas sanções.

Deste modo, como reflexo direto do evento que culminou na morte de Soleimani, o mundo passou a acompanhar diversas declarações e movimentações de caráter militar, levando muitos a se questionarem se poderíamos estar caminhando para uma "Terceira Guerra Mundial".

Dentre os fatos concretos já executados, citam-se:

- Declarações da Rússia, Síria, Coreia do Norte e Turquia de apoio ao governo Iraniano;

- Declarações de Israel e de parte da comunidade europeia de apoio ao governo dos EUA;

- Declarações da ONU, de parte da comunidade europeia, da China e do Vaticano para que o diálogo seja o caminho para a resolução das tensões;

- Registros de ocorrências de explosões em áreas próximas à embaixada dos Estados Unidos em Bagdá;

- Declarações da alta cúpula do governo iraniano afirmando que a morte de Soleimani será devidamente vingada;

- Declarações de Trump afirmando que caso os Estados Unidos seja atingido, o país já tem 52 alvos estratégicos a serem atacados no Irã (uma alusão aos 52 cidadãos estadunidenses que foram sequestrados por líderes revolucionários iranianos durante a invasão da embaixada estadunidense em Teerã);

Diante do exposto, posso afirmar que até o presente, é pouco provável que um conflito bélico de ordem mundial venha a se desdobrar, pois caso venha a ocorrer, a humanidade estaria próxima a um "apocalipse", face ao enorme poderio químico-nuclear existente na atualidade que é capaz de destruir totalmente a face do planeta e toda a sua capacidade de abrigar a vida como conhecemos.

Entretanto, afirmo com convicção que ocorrerá o aumento das tensões no Oriente Médio e inclusive com o uso de armas substancialmente destrutivas, fato que trará enormes perdas em todos os sentidos da palavra, a considerar as eminentes mortes de cidadãos civis.

Em termos econômicos, os desdobramentos se desenrolarão no aumento do preço do barril do petróleo (e de tudo que depende dele), na diminuição do crescimento do PIB global e dos países, assim como o aumento dos controles de fronteiras.

Apesar de sermos cidadãos comuns e com pouco poder direto na resolução de tais problemas, nos cabe o papel de agir com a emissão de boas energias vibratórias em nossas orações.

Mediante a fé de cada um, buscar em nossos ambientes de existência, praticar bons atos que tragam benesses aos que entram em contato conosco e sobretudo, potencializar os sentimentos e ações de respeito as múltiplas realidades e diversidades.

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