Buscar no site

Mesmo com corrida às compras, supermercados de Assis mantém abastecimento de produtos

Alguns clientes já têm levado produtos a mais do que o habitual, mas por enquanto não há escassez nas prateleiras

Redação AssisCity/ Foto: Ilustrativa

  • 20/03/20
  • 09:00
  • Atualizado há 209 semanas

O medo do Coronavírus já mudou a rotina da população de Assis em relação às compras de supermercados. Desde a intensificação dos casos suspeitos e confirmados no país, muitas pessoas têm transformado seus hábitos de consumo e até estocado alimentos com medo de um agravamento da situação.

O AssisCity conversou com três empresários do setor para entender como está o cenário neste momento e qual é a expectativa para os próximos dias, além de orientações aos consumidores para que não fiquem preocupados com uma possível falta de alimentos.

Marcos Suzuki é um dos responsáveis pelo Supermercado Pag Poko, da Rede 20. Ele afirma que alguns clientes já têm levado produtos a mais do que o habitual, mas que por enquanto não há escassez nas prateleiras.

"Esse é um momento bem delicado e percebemos que o consumidor está preocupado. Estamos enfrentando algumas mudanças relacionadas às entregas, mas a principal delas continua sendo o álcool em gel, como em todo o país. Hoje não temos falta de nenhum produto, mas temos visto que os clientes têm optado por compras maiores. Ao contrário daquele costume de todo dia passar no mercado e levar uma sacolinha, o hábito daquela compra do mês está voltando", afirma.

Marcos pontua que alguns produtos já estão sofrendo alterações nos preços, como é o caso da batata, que acumulou uma alta de 100%.

"Nós não sabemos porquê do aumento, já que não há um fator climático, por exemplo. Mas talvez por conta da procura, que aumentou, o consumo acelerou e o preço também. Um fornecedor de Bauru disse que em alguns mercados da cidade já há racionamento de produtos básicos, como arroz e feijão, mas não sabemos se isso chegará em Assis. É uma situação inédita para todos nós e receberemos algum tipo de orientação caso seja necessário adotar alguma outra medida, mas por enquanto não há falta de produtos", salienta.

Divulgação - Empresários do setor dizem que por enquanto não há escassez de produtos nas prateleiras, exceto de álcool em gel
Empresários do setor dizem que por enquanto não há escassez de produtos nas prateleiras, exceto de álcool em gel

Kiko Binato, diretor comercial da Rede Avenida, salientou que a corrida às compras também já foi sentida nas lojas da rede, mas que os estoques ainda estão cheios para suprir a demanda.

"Desde o final de semana nós começamos a perceber uma frequência maior de consumidores e a busca por determinados produtos já é uma realidade, especialmente o álcool em gel. A procura por itens básicos, como arroz, feijão, óleo e macarrão aumentou mais no começo desta semana, incluindo produtos de higiene pessoal e também de limpeza. A princípio, nós temos bastante estoque e, mesmo com uma demanda maior, dá para suprir. As indústrias também estão trabalhando, na sua grande maioria, e até o momento a cadeia de abastecimento continua normal", afirma.

Kiko pontua que há sinalização da possível falta de alguns insumos importados necessários para a produção das indústrias. No entanto, essa ainda não é a situação do Brasil.

"Pode ser que a indústria não consiga produzir alguns itens porque as matérias-primas são importadas, mas até o momento tudo está normal. Nós adotamos uma medida de não atender mais os fornecedores pessoalmente, somente online, para diminuir os riscos de transmissão. Mas as negociações e ofertas continuam no mesmo ritmo. Alguns mercados talvez tenham zerado os produtos nas prateleiras por não estarem preparados para um excesso de demanda, mas a parte logística continua operante, com rodovias e portos abertos, então nesse momento ainda não há necessidade de preocupação", diz.

Ele também pontuou que o aumento dos carrinhos nos supermercados de Assis e região pode ser motivado pela necessidade das pessoas evitarem espaços públicos.

"De repente as pessoas preferem fazer uma compra maior para depois não precisarem sair mais e se resguardarem, mas não é preciso correr. Nós tomamos a iniciativa de limitar algumas categorias de produtos, como arroz, óleo, feijão e leite somente para garantir que possamos atender todo mundo, mas os estoques estão em dia", salienta.

Segundo Gualter Neves, proprietário do Supermercado Neves, o estabelecimento também está bem abastecido, com exceção do álcool em gel.

"Nós estamos conversando bastante com os nossos clientes para evitar esse pânico e um corre corre desnecessário. Alguns têm levado produtos a mais, mas não percebemos nada muito significativo. As lojas estão abastecidas, os produtos estão chegando, o depósito está cheio. Temos feito um trabalho nesse sentido, de conversar, explicar que não é por ai", afirma.

Neves também ressaltou que os produtos de hortifruti e frigorífico também estão normalizados até o momento.

"Essa é uma situação nova, não vivemos isso antes, mas até o momento tranquilizamos todos que não é necessária preocupação porque está tudo normalizado", finaliza.

Receba nossas notícias em primeira mão!