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Médico de Assis tira dúvidas sobre gravidez e amamentação durante pandemia do Coronavírus

Por Dr. Carlos Izaias Sartorão Filho

Divulgação

  • 22/03/20
  • 12:00
  • Atualizado há 212 semanas

O COVID-19 é uma infecção nova e ainda estamos aprendendo como ela é transmitida, a gravidade da doença que causa e até que ponto ela pode se espalhar na comunidade.

Por isso, o médico Carlos Izaias Sartorão Filho, que atende na Euroclínica, em Assis, respondeu algumas das principais dúvidas sobre gravidez e amamentação durante a pandemia.

Qual é o risco para as mulheres grávidas de contrair COVID-19? É mais fácil para as mulheres grávidas ficarem doentes com a doença? Se elas ficarem infectadas, ficarão mais doentes do que outras pessoas?

Atualmente, não sabemos se as mulheres grávidas têm maior chance de adoecer com o COVID-19 do que o público em geral, nem se são mais propensas a terem doenças graves como resultado.

As mulheres grávidas sofrem alterações em seus corpos, que podem aumentar o risco de algumas infecções. Com outros vírus da mesma família que o COVID-19 e outras infecções respiratórias virais, como a gripe, as mulheres têm um risco maior de desenvolver doenças graves. É sempre importante que as mulheres grávidas se protejam de doenças infecciosas.

Como as mulheres grávidas podem se proteger contra o COVID-19?

As mulheres grávidas devem fazer as mesmas coisas que o público em geral para evitar infecções.

Você pode ajudar a interromper a propagação do COVID-19 executando estas ações:

• Mantenha os ambientes bem ventilados e limpos;

• cubra sua boca ao tossir ou espirrar (usar o cotovelo é uma boa técnica, ou um lenço de papel descartável);

• não toque os olhos, nariz e boca sem antes lavar as mãos;

• não compartilhe objetos (copos, talheres, pratos, garrafas, etc);

• evite contato com pessoas doentes;

• lave as mãos com frequência usando água e sabão ou desinfetante para as mãos à base de álcool 70%;

• permaneça em isolamento em local seguro;

• considere monitorar seu peso, pressão arterial, movimentações do bebê, consumo e taxas glicose no sangue, na sua própria casa. Mantenha uma dieta equilibrada e exercite-se, mesmo em casa;

• evite locais com aglomerações de pessoas;

• siga as instruções das autoridades competentes.

Divulgação - Dr. Carlos Izaias Sartorão Filho, Ginecologia e Obstetrícia
Dr. Carlos Izaias Sartorão Filho, Ginecologia e Obstetrícia

O COVID-19 pode causar problemas durante a gravidez?

Atualmente, não sabemos se o COVID-19 causa problemas durante a gravidez ou afeta a saúde do bebê após o nascimento, durante a gravidez ou no parto.

O COVID-19 pode ser passado de uma mulher grávida para o feto ou recém-nascido?

Ainda não sabemos se uma mulher grávida com COVID-19 pode transmitir o vírus ao feto ou ao bebê durante a gravidez ou o parto. Até o momento, na literatura médica, nenhum bebê nascido de mãe com COVID-19 apresentou resultado positivo para o vírus COVID-19. Nesses casos, que são um número pequeno, o vírus não foi encontrado em amostras de líquido amniótico ou leite materno.

Se uma mulher grávida tiver COVID-19 durante a gravidez, isso afetará o bebê?

No momento, não sabemos se existe algum risco para os bebês de uma mulher grávida que tem COVID-19. Houve um pequeno número de problemas relatados com gravidez ou parto (por exemplo, parto prematuro) em bebês nascidos de mães que contraíram COVID-19 durante a gravidez. No entanto, não está claro que esses resultados estejam relacionados à infecção materna.

Transmissão de COVID-19 através do leite materno:

Pensa-se que a disseminação pessoa a pessoa ocorre principalmente por gotículas respiratórias produzidas quando uma pessoa infectada tosse ou espirra, semelhante à forma como a influenza (gripe) e outros agentes infecciosos respiratórios se espalham. Em estudos limitados sobre mulheres com COVID-19 e infecção por outro tipo de coronavírus, a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS-CoV), o vírus não foi detectado no leite materno; no entanto, não sabemos ao certo se as mães com COVID-19 podem transmitir o vírus através do leite materno.

Diretrizes de amamentação do Center for Diseases Control (CDC) para outras doenças infecciosas:

O leite materno oferece proteção contra muitas doenças. Existem raras exceções para quando a amamentação não é recomendada. O CDC não possui orientação específica para amamentar durante a infecção por vírus semelhantes ao Covid-19, como SARS-CoV ou Síndrome Respiratória do Oriente Médio (MERS-CoV).

O CDC recomenda que uma mãe com gripe continue amamentando ou oferecendo o leite materno ordenhado, tomando as precauções de contato para evitar a disseminação do vírus.

Orientação sobre amamentação para mães com COVID-19 confirmado ou suspeito:

O leite materno é a melhor fonte de nutrição para a maioria dos bebês. No entanto, pouco se sabe sobre o COVID-19. Iniciar ou continuar a amamentação deve ser determinado pela mãe em coordenação com sua família e profissionais de saúde.

Uma mãe com COVID-19 confirmado ou suspeito deve tomar todas as precauções possíveis para evitar o contágio do vírus para o bebê, incluindo lavar sempre as mãos antes de tocar no bebê e usar uma máscara facial, se possível, enquanto estiver amamentando.

Se for ordenhar o leite materno com uma bomba manual ou elétrica, a mãe deve lavar as mãos antes de tocar em qualquer parte da bomba ou da mamadeira e seguir as recomendações para uma limpeza adequada após cada uso. Se possível, considerar que alguém que esteja saudável dê o leite materno ordenhado ao bebê.

*Página revista em: 17 de março de 2020 (Colégio Americano de Obstetrícia e Ginecologia)

Adaptada para a o português por Carlos Izaias Sartorão Filho, Ginecologia e Obstetrícia. CRM 88949-SP

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