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Agravamento do cenário da Covid-19 no Brasil aumenta sintomas de ansiedade e depressão

Diante do quadro atual da pandemia, especialista aponta principais queixas de pacientes em psicoterapia

Bem-Estar

  • 25/03/21
  • 15:00
  • Atualizado há 160 semanas

Após um ano do primeiro caso confirmado do novo coronavírus no país, estamos ainda hoje vivendo um momento muito crítico na saúde. A crise sanitária persiste e está alcançando números cada vez mais preocupantes. Isso tem mexido com o psicológico do brasileiro. De acordo com dados colhidos pela pela Universidade de São Paulo (USP), o Brasil lidera uma lista de 11 países com mais casos de depressão e ansiedade durante a pandemia.

Ainda na pesquisa, o Brasil é o país que apresenta mais casos de ansiedade (63%) e depressão (59%); em segundo lugar ficou a Irlanda, com 61% das pessoas com ansiedade e 57% com depressão, e em terceiro aparecem os Estados Unidos, com 60% e 55%, respectivamente.

A psicóloga Bettina Correa, integrante do Grupo de Telemedicina Iron, aponta que as principais queixas que ela percebeu nas recentes sessões envolvem crises de ansiedade, insônia, compulsão alimentar descontrolada e ainda instabilidade emocional. Ela lista abaixo e comenta sobre cada um desses sintomas e o impacto na vida das pessoas.

Ansiedade - Muitos pacientes neste período de pandemia estão apresentando muitos sintomas de ansiedade. Alguns manifestam por meio de picos ou até mesmo crises de ansiedade aguda, enquanto outros por meio de comportamentos compulsivos, como a compulsão alimentar. A incerteza do que irá acontecer, a diminuição considerável da prática de atividade física, o período de isolamento e de solidão, o excesso de notícias tristes e dolorosas são fatores que agravam essa situação.

Insônia - Uma das principais questões que vem chamando a atenção é a alteração do padrão de sono, principalmente a insônia. A alteração na rotina, diminuição da prática de atividade física, aumento de atividades paradas, aumento do uso de telas como TV, celular e computador, e até mesmo a ansiedade prejudica o sono.

Compulsão alimentar - Há uma grande parcela de pessoas que se queixa do aumento de peso desde o início do isolamento social. Com o aumento de ansiedade, piora da qualidade do sono, diminuição da atividade física e até mesmo a falta de interação social, muitas pessoas acabam comendo mais vezes ao dia, especialmente doces e fast-food.

Instabilidade emocional - É muito comum escutar das pessoas ao nosso redor que "não sabem o que estão sentindo." Acordam felizes, mas ao longo do dia ficam irritados, tristes, eufóricos, angustiados, ansiosos, tudo em menos de 24 horas. Há uma enorme insegurança quanto ao fato da pandemia em si, além da falta de recursos de alívio dessas sensações e sentimentos, tanto pela significativa diminuição de contato com outras pessoas, quanto pela falta de atividades de um modo geral.

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