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Setembro Amarelo, como o CBD pode ajudar no tratamento e no combate ao suicídio

Bem-Estar

  • 13/09/22
  • 20:00
  • Atualizado há 107 semanas

Estudos apontam 58% de eficácia da cannabis medicinal no tratamento da depressão e ansiedade

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), uma em cada 100 mortes é causada por suicídio. No Brasil, a cada 42 minutos, uma pessoa põe fim à própria vida, sendo que em 2020 foram registrados perto de 13 mil casos de suicídio. Desses, 96,8% dos casos, segundo a Associação Brasileira de Psiquiatria, estão associados a um histórico de doenças mentais tratáveis com métodos humanizados, redes de apoio, mais informações sobre tratamentos indicados e sobre os sinais de alertas.

Se os números de efetivos suicídios assustam, os números de tentativas são ainda maiores, chegando a média de 10 vezes mais. Para a médica da clínica Gravital Curitiba, Marina Montibeller, em comum entre todos, estão os gatilhos da dor e da depressão, que muitas vezes passam despercebidos pelas famílias. "É preciso fortalecer as ações de prevenção aos processos autodestrutivos, primeiramente com ferramentas de apoio que ajudem as pessoas próximas a identificar comportamentos - lembrando que nem sempre é fácil reconhecer, principalmente nos jovens. Em segundo plano, também temos a parte do tratamento e medicamentos indicados, que podem ser fundamentais no médio e longo prazo", conta a médica.

Sobre os medicamentos, uma pesquisa publicada pelo Journal of Affective Disorders, em 2018, analisou o uso da cannabis para aliviar os sintomas de depressão e ansiedade e revelou que os usuários de cannabis medicinal tiveram 58% de redução na ansiedade e no estresse. O estudo também mostrou que a cannabis com alto teor de THC e alto teor de CBD apresentou resultados mais eficazes na redução do estresse. "O canabidiol é uma alternativa de tratamento eficaz, natural e administrado de forma segura, inclusive se o paciente já fizer uso de outros métodos. Ele tem o potencial de estimular e equilibrar todo o sistema endocanabinóide, que é o maior sistema presente no corpo humano, inclusive em todo o sistema neurológico, cardiovascular, circulatório, psíquico, entre outros", conta Marina.

A médica também conta que o CDB tem um grande poder terapêutico e pode ser usado em várias situações como no restabelecimento de neurotransmissores deficientes, limitadores de prazer e causadores da depressão. "A cannabis medicinal é um componente de extrema potência, que ajuda no combate à diversas patologias, não apenas a depressão, como também ansiedade, dores crônicas, estresse, estafa e demais condições que podem levar as pessoas a quererem tirar a própria vida. Sem contar que provoca muito menos efeitos colaterais", explica.

Como age o canabidiol no combate a depressão?

O sistema endocanabinóide está presente em quase todos os tecidos e órgãos humanos e junto com os receptores CB1 e CB2, eles são responsáveis por manter o organismo em homeostase (equilíbrio). Sendo assim, fitocanabinoides, como o CBD, atuam em sinergia com os endocanabinoides, potencializando seus efeitos e promovendo o bem-estar.

No caso da depressão, o paciente pode sofrer com uma deficiência de neurotransmissores responsáveis pela sensação de prazer. Sendo assim, o canabidiol ajuda a restabelecer as funções dessas substâncias, estimulando a sua produção e circulação pelo sistema nervoso.

Dicas para fortalecer a saúde mental

Realize atividades prazerosas como leitura, meditação, exercícios, hobbies

Evite o contato excessivo com notícias diárias que podem ser gatilhos emocionais

Pratique atividade física, que auxilia na redução do estresse e traz a sensação de bem-estar

Mantenha contato com amigos e familiares, mesmo que por telefone, mensagens e vídeos chamadas

Compartilhe sentimentos e anseios com pessoas de confiança

Evite o excesso de álcool, tabaco e outras drogas que podem ser gatilhos para emoções negativas

Crie uma rotina e busque segui-la, isso ajuda a no equilíbrio emocional e reduz a ansiedade

Tenha hábitos saudáveis com relação a alimentação, sono, trabalho e lazer

Participe de redes de apoio e ações de cuidado e solidariedade

Busque ajuda de um profissional sempre que necessário

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