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IBGE desconsidera o fator pandemia no cálculo da população e estima que Brasil tem 213,3 milhões de habitantes

Número representa um crescimento de 0,7% na comparação com a população estimada em 2020. Segundo IBGE, implicações da pandemia serão verificados a partir do próximo Censo Demográfico, previsto para ser realizado em 2022.

G1

  • 28/08/21
  • 12:00
  • Atualizado há 137 semanas

A população brasileira chegou a 213,3 milhões em 2021, segundo nova estimativa divulgada nesta sexta-feira (27) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O número representa um crescimento de 0,74% na comparação com a população estimada em 2020.

O IBGE informou, porém, que a nova estimativa da população não incorpora os feitos da pandemia da pandemia de coronavírus.

"Os efeitos da pandemia da Covid-19 no efetivo populacional não foram incorporados nesta projeção, devido à ausência de novos dados de migração, além da necessidade de consolidação dos dados de mortalidade e fecundidade, fundamentais para se compreender a dinâmica demográfica como um todo", afirmou o IBGE.

A estimativa se refere a 1° de julho de 2021 e leva em conta todos os 5.570 municípios brasileiros e foi publicada no "Diário Oficial da União" desta sexta-feira (27). A publicação é um dos parâmetros utilizados pelo Tribunal de Contas da União (TCU) para o cálculo do Fundo de Participação de Estados e Municípios, além de referência para indicadores sociais, econômicos e demográficos.

Contagem oficial só após Censo Demográfico

Segundo o IBGE, as implicações da pandemia no tamanho da população serão verificadas a partir do próximo Censo Demográfico, previsto para ser realizado em 2022. A pesquisa seria realizada neste ano, mas foi cancelada após corte no orçamento feito pelo governo federal.

O gerente de Estimativas e Projeções de População do IBGE, Márcio Mitsuo Minamiguchi, destacou que dados preliminares do Registro Civil e do Ministério da Saúde apontam para um excesso de mortes, principalmente entre idosos, e uma diminuição dos nascimentos, mas que o país já vem numa tendência de desaceleração do ritmo de crescimento populacional.

"Embora a gente não tenha incorporado, certamente a pandemia não provocou uma queda na população. Uma redução da população de um ano para outro não ocorreu. O que pode acontecer na verdade com certas mudanças de comportamento é antecipar tendências, como por exemplo a diminuição da população lá pra frente", disse o pesquisador ao G1.

"No período pandêmico as mortes impactam até mais que os nascimentos, mas quando a gente pensa no processo de mais longo prazo o comportamento reprodutivo é que vai mesmo impactar, tanto na questão do envelhecimento da população como na questão do crescimento", acrescenta.

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