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SP estuda quarentena restritiva na capital e flexível no interior

A quarentena atual termina no próximo domingo, 31 de maio e a resposta do que acontecerá de junho em diante será divulgada na quarta-feira, um dia depois de o comitê de saúde se reunir.

UOL

  • 25/05/20
  • 10:00
  • Atualizado há 200 semanas

A possibilidade de lockdown no estado de São Paulo diminuiu neste final de semana, mesmo com o megaferiado na capital não tendo o efeito desejado. Hoje, o bloqueio total é considerado pelo governo algo "remoto".

Apesar de o isolamento social não ter subido para os desejados 55% nos últimos dias, o cenário mais provável é de que na próxima semana seja anunciada uma quarentena mais restritiva na Região Metropolitana, com diminuição das atividades comerciais, informaram autoridades que participam das discussões.

Ao mesmo tempo, a depender de critérios de saúde, pode haver uma flexibilização e retomada de parte das atividades em algumas cidades, criando uma quarentena híbrida no estado.

Na capital, os feriados de Corpus Christi (celebrado em junho) e da Consciência Negra (20 de novembro) foram antecipados para quarta e quinta, respectivamente. A sexta-feira (22) foi decretada ponto facultativo.

A Alesp (Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo) aprovou a antecipação do feriado de 9 de julho (Revolução Constitucionalista) para amanhã. A medida vale para todo o estado.

O objetivo das medidas, classificadas como "última cartada" pelo prefeito da capital, Bruno Covas (PSDB), era o de aumentar ao menos 55% a adesão para ao isolamento social a fim de conter a pandemia do novo coronavírus. Contudo, as estatísticas ficaram abaixo do esperado: na sexta, foram de 49% na capital e 48% no estado.

Integrantes do comitê econômico e autoridades de saúde do estado estão avaliando este e outros dados. Fontes ouvidas pelo UOL relatam que o próprio comitê de saúde do estado tem dúvidas sobre a eficácia do lockdown.

A justificativa é que a população não está respeitando a quarentena atual e poderia manter o comportamento. A avaliação é de que haveria maiores implicações econômicas e problemas sociais delas derivadas, sem garantia de benefícios.

Ao mesmo tempo em que esta solução intermediária ganha força na Região Metropolitana, é possível que exista uma flexibilização das restrições ao comércio em algumas cidades do estado, com retorno de atividades mediante cumprimento de protocolos sanitários.

A confirmação desta possibilidade depende de parâmetros de saúde como a curva de contágio e a taxa de ocupação de leitos de enfermaria e de UTI (Unidades de Terapia Intensiva) nos hospitais.

Quarentena mais restritiva

A decretação de lockdown já foi considerada questão de tempo, perdeu força, mas ainda não está descartada. No entanto, tem sido descrita nos bastidores do governo estadual como algo distante num futuro próximo.

A quarentena atual termina no próximo domingo, 31 de maio, e a resposta do que acontecerá de junho em diante será divulgada na quarta-feira, um dia depois de o comitê de saúde se reunir.

A possibilidade considerada mais fortalecida hoje é de que na Região Metropolitana de São Paulo ocorra um aumento na lista de atividades que não podem funcionar durante a pandemia.

Pelas regras atuais, setores como lavanderias, limpeza, construção civil e locadora de veículos podem operar. Existe a possibilidade de a Baixada Santista também ser incluída nesta quarentena mais restritiva pelos parâmetros de saúde que apresenta.

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