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Trabalhadores querem semana de quatro dias na empresa

O objetivo é ter mais flexibilidade e qualidade de vida, aponta pesquisa do ADP Research Institute. Cerca de metade dos empregados está disposta a fazer concessões salariais para isso

Assessoria

  • 15/08/22
  • 10:00
  • Atualizado há 87 semanas

Os trabalhadores querem mais flexibilidade na vida profissional. Isso passa por diminuir o número de dias dedicados ao trabalho. Eles estão, até mesmo, dispostos a fazer concessões para obter tal estrutura. Essas são algumas das constatações obtidas pelo ADP Research Institute na edição mais recente da pesquisa People at Work 2022: A Global Workforce View.

O levantamento ouviu quase 33 mil trabalhadores em 17 países e revela que mais de 7 em cada 10 (71%) gostariam de ter mais flexibilidade na estrutura de seu tempo de trabalho, por exemplo, comprimindo horas em menos dias e dias mais longos. No Brasil, 70% apoiam a iniciativa.

Embora os trabalhadores digam que o salário é o fator mais importante em um emprego, a pesquisa também descobriu que quase a metade dos latino-americanos ouvidos (48%) estaria disposta a aceitar um corte salarial para ganhar mais flexibilidade ou controle sobre a vida profissional, desde que isso melhorasse seu equilíbrio entre vida profissional e pessoal. Um em cada três (31%) aceitaria um corte salarial para garantir flexibilidade na estruturação de suas horas, mesmo que isso significasse que o total de horas trabalhadas não mudaria.

"Se avaliarmos que 71% dos trabalhadores ouvidos em todo o globo consideraram fazer uma grande mudança de carreira no ano passado, os empregadores que estão abertos e preparados para esse movimento podem se beneficiar ao contratar e reter funcionários", avalia Mariane Guerra, vice-presidente de RH para a América Latina da ADP, empresa líder global em soluções de gerenciamento de folha de pagamento e gestão de capital humano.

Mariane avalia que os empregadores precisam atentar para esse nem tão novo aspecto do ambiente corporativo: a satisfação das equipes de trabalho. "Os trabalhadores estão demonstrando forte demanda por alternativas inovadoras ao tradicional horário das 8 às 18 horas para se manter comprometidos com sua empresa. Que tal dar a eles mais flexibilidade e controle sobre a rotina?", questiona a executiva.

Neste momento, há uma lista longa do que os trabalhadores querem de um emprego. Embora o salário seja uma preocupação imediata para muitos, a flexibilidade e a conciliação da vida profissional e familiar também estão muito presentes. "Pode haver um acordo sobre mudanças de salário e outras prioridades. Compreender isso pode ajudar os empregadores a gerenciar demandas em um momento em que atrair e reter funcionários qualificados e talentosos é uma das questões mais críticas para os negócios", comenta a vice-presidente de RH para a América Latina da ADP.

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