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A barba na história do Brasil

  • 24/02/14
  • 14:00
  • Atualizado há 526 semanas

* Por Alcindo Garcia

A barba faz parte da História do Brasil. Desde o tempo em que o fio de barba era documento de fé pública. No Brasil Colônia, D. Pedro I já usava espessas costeletas e um bem cuidado cavanhaque. Nunca precisou provar com um fio de barba ser o autor do brado retumbante. O sucessor, D. Pedro II, honrou a barba na cara e fez sucesso. Abriu os portos brasileiros às demais nações.

A República já nasceu com barba. A cara do marechal Deodoro da Fonseca é um comprovante. Quando não se usava barba, era indispensável ter bigode e cavanhaque para poder mostrar um fio - se necessário. Floriano Peixoto? Nem pensar de raspar a barba. A barba de Prudente de Moraes era tão espessa que escondia a usual gravata borboleta. Foi um excelente administrador. Campos Sales nunca precisou provar com fio de barba, sua promessa de restaurar financeiramente a República. Ele o fez. Rodrigues Alves era íntegro, aparava a barba e honrava o grisalho cavanhaque. Consta que ocupou a presidência com inegável competência.

O presidente Afonso Pena além do bigode usava elegante cavanhaque. Realizou obras de grande importância. O mineiro Wenceslau Braz não aparava a barba. Governou bem, embora enfrentasse embaraços que herdara do governo anterior. Outro republicano a usar bigode e cavanhaque foi Washington Luiz. Foi deposto por Getúlio Vargas, um ditador sem barba. Washington Luiz honrou a barba até no exílio. Juscelino nunca abandonou a gilete. Foi um presidente que raspava a barba. Não precisava dela. Entre os sem barba, dizem que o JK foi um dos melhores que tivemos.

O espaço acabou não dá para citar todos. Mas não se pode esquecer o Luiz Inácio que assumiu usando barba aparada, em cuja gestão o fio de barba deixou de ser instrumento de fé pública. Perdeu o valor em decorrência das inúmeras denúncias e irregularidades nunca antes cometidas na História deste país. Transferiu o governo para uma senhora de meia idade que herdou a desgraceira toda. A maquiagem substituiu a barba. Mas ela não conseguiu maquiar a corrupção que corre solta. E o que é pior, apoia e financia com nosso dinheiro a ditadura de Cuba e da Venezuela.

*Alcindo Garcia é Jornalista. E-mail: [email protected]

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