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Gravidez Tardia: Conheça os 5 cuidados essenciais na gestação após os 35 anos

Médico obstetra e consultor da Philips Avent, Dr. Alberto Guimarães, explica os riscos e precauções necessárias para uma gravidez com menos riscos

  • 09/12/22
  • 21:00
  • Atualizado há 70 semanas

Nos últimos 20 anos, o número de mulheres que tiveram bebês após os 35 anos avançou no Brasil, aponta estudo realizado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). De acordo com o médico obstetra e consultor da Philips Avent, Dr. Alberto Guimarães, nessa faixa etária a gravidez já é considerada tardia e merece um acompanhamento mais próximo com o objetivo de diminuir riscos e ser bem-sucedida.

Para aquelas mulheres que já passaram dos 35 anos e planejam engravidar, o doutor traz algumas recomendações:

O primeiro e mais importante passo é ter a certeza que quer engravidar nesse momento;

Consultar um profissional antes de engravidar para um check-up completo da saúde;

Interromper o método anticoncepcional utilizado;

Iniciar a suplementação indicada pelo médico;

Aderir hábitos mais saudáveis.

O especialista recomenda que a gestação aconteça de maneira planejada, para que todo o acompanhamento médico se inicie antes mesmo da fecundação. "A partir dos 35 anos, a gestação deve ser cuidada com uma estratégia de prevenção, e não como um risco em si. Nesses casos, é necessário manter a bandeira amarela em alerta, com intuito de reduzir os riscos durante o período gestacional", esclarece o Dr. Alberto.

Segundo o médico, em grande parte dos casos de gravidez tardia ou idosa - como também é conhecida - a mulher necessita de uma suplementação diferenciada, avaliação hormonal e acompanhamento constante da pressão arterial e do peso para que a gravidez avance de maneira saudável. "Entre 10 e 15% das gestações podem sofrer abortos, em sua maioria decorrentes de componentes genéticos. Quando filtramos para a gravidez tardia, esse índice é ainda maior, o que pode comprometer a possibilidade de uma próxima gestação devido a idade da paciente", explica o médico.

Com o avanço da idade, aumentam as probabilidades de alterações metabólicas, tireoidites, diabetes, distúrbios de pressão, entre outros. "As chances de uma pré-eclâmpsia durante o parto, por exemplo, são maiores. Essa condição pode acometer tanto gestante com idades mais avançadas quanto adolescentes", acrescenta.

O Dr. Alberto reforça que a idade não deve ser o único motivo para decidir pela maternidade. "Ao pensar em engravidar, a mulher tem que levar em consideração se ela realmente tem o desejo de ser mãe e se está preparada para essa mudança em sua vida. A idade não pode ser o único fator para engravidar. Se houver dúvidas sobre a maternidade, o congelamento de óvulos pode ser uma possibilidade para a mulher postergar essa decisão e gestar no momento ideal",", comenta o médico.

Dr. Alberto Guimarães é médico, ginecologista e obstetra pela Faculdade de Medicina em Teresópolis, mestre e doutorando, pela Escola Paulista de Medicina, UNIFESP e idealizador da Universidade do Parto.

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