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Nem paz nem felicidade - (resta apenas o amor)

COLUNISTA - Isabella Nucci

Isabella Nucci

  • 08/01/20
  • 18:00
  • Atualizado há 223 semanas

Ouve-se, ultimamente, a mídia comentando sobre ataques a bomba no Irã. Impossível alguém que não esteja sabendo desta realidade. Aliás, o número de mortos subiu nos últimos dias. O presidente dos EUA, Donald Trump, disse publicamente que não mataram o líder iraniano para "começar uma guerra". E sim, para "interromper uma guerra". É nítida a evidência de suas palavras. Pois óbvio que, embora seja ilusório e fantasioso o receio de um combate mundial, ainda há fundamentos logísticos de que a terceira guerra possa acontecer. Entretanto, qualquer um sabe que o exército americano é equipado para defender os direitos patriotas de sua nação. Não apoiar é uma opção. Mas defender terroristas, ah meus caros, isso é coisa do PT, cá entre nós.

Gente que nem se dá ao trabalho de ver uma reportagem ou abrir um link na internet já começa a baderna. Daí, como se não bastasse a desinformação, adotam a hashtag #BolsonaroFicaCalado. É o que mais tem circulado nas redes sociais. Mas peraí... E ficar calado, por acaso, quando isso foi pecado? Sim, digam-me. Afinal, e daí? Quem se importa? Temos nossos próprios problemas. Pegamos um bote furado mas, no fim das contas, só nos resta cooperar. Gostaria muito de saber mais sobre esse tipo de tara que o povo tem. Se o presidente fala algo, pronto... Caem em cima dele. Se o presidente silencia, pronto... Caem em cima dele de novo! É mole?

Segundo a matéria que estava eu a ler agora pouco, o drone que matou Soleimani é o mais letal dos EUA. Até a China interviu no ocorrido e lançou em nota uma declaração na qual pede para que "não abusem das forças". Os alvos já foram calculados caso haja algum revide. Por volta de 52 locais podem ser bombardeados se o Irã decidir competir com a maior potência global de armas atômicas. Trump não admite submissão. Tanto que os alvos foram escolhidos a partir da referência à quantidade de americanos mantidos reféns em Teerã, por 444 dias durante a Revolução Iraniana.

Houve, ainda recentemente, afirmações que vinculam o líder morto aos ataques de 11 de setembro. Ao menos 10 terroristas teriam sido ajudados pelo general a executarem as torres gêmeas em viagem clandestina. O vice-presidente americano, Mike Pense, publicou em seu Twitter a declaração de que "o mundo é um lugar mais seguro devido à morte de Soleimani". Logo, eis a questão que não quer calar: quem foi o dito-cujo?

Bom, pelo o que sei até agora, ele atraiu a marcha que percorrreu no Iraque. Milhares de seus seguidores acompanharam o corpo chegar para ser velado. De acordo com algumas fontes, Soleimani fora o ditador que, por meio das táticas clandestinas, influenciava outros países a reagirem contra as sanções impostas pelos EUA. Por outro lado, ele é tido como um herói. Não me perguntem o porquê. Mas a "medida de intimidação" que causou o retalhamento não foi por causa de suas ações no passado.

Em resumo, a tropa retalhou o líder que planejava atacar diplomatas e militares dos EUA nas regiões do Iraque. Pelo jeito, ele estava arrumando briga. E conseguiu. Não se brinca, de jeito nenhum, com os drones da Roma atual. Queres ser um revolucionário? Então, faças como nosso presidente. Permaneças calado e ores pelas vidas ensangüentadas, seja na Síria, no Líbano, ou em qualquer lugar do universo.

Epílogo: na prática, já que a paz não pode ser estabelecida no mundo, que pelo menos hajam pessoas do bem. Prontas para ajudar, para estender a mão ou, simplesmente, para fazer a diferença com os próprios maus exemplos. Só para complementar, somos todos humanos. Erros são cometidos diariamente. E muito além do que fora entendido até aqui, eis a compreensão do amor. Se a mesma tivesse espaço para caber em todo ser, ah... Será que a felicidade seria plena?

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