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O momento pede humildade

COLUNISTA - Professor Thiago Hernandes

Prof. Me. Thiago Hernandes

  • 21/04/20
  • 09:00
  • Atualizado há 205 semanas

É muito comum ouvir a expressão: manda quem pode, obedece quem tem juízo. Muito comum nas relações de poder, ela se apresenta disfarçada. As vezes em tom de brincadeira é citada, mas não deixa de impor medo e terror.

No livro "As 48 Leis do Poder", de Robert Greene e Joost Elffers, os autores orientam os leitores para o desenvolvimento e a aplicação de habilidades pessoais e profissionais face os desafios enfrentados na convivência diária com o outro, na disputa de poder e como influenciar pessoas.

Desde que o mundo é mundo, o homem vem aprimorando a arte do convencimento, como fazer prevalecer seus desejos e suas vontades.

Não adianta o espaço geográfico, a condição sócioeconômica, identidade ou escolaridade. Sempre encontraremos alguém que não medirá forças para alcançar seu objetivo.

O tema é instigante e não sou conhecedor de toda teoria que envolve o assunto. Mas gosto da reflexão.

Temos presenciado na política brasileira, não diferentemente de outros países, a chamada "dança das cadeiras". Aquele que serve hoje, torna-se desnecessário amanhã.

No jogo do poder, vaidades são afloradas e nem todos sabem lidar com esse mesquinho sentimento, quando exacerbado.

É muito comum ver o indivíduo que tem o poder nas mãos, não ser plenamente competente para o exercício da função que ocupa.

Saber que outra pessoa possa brilhar mais do que ele é, muitas vezes, "motivo" para que agressões, intimidações, ridicularizações ocorram, e, em casos extremos, ameaças.

Ao longo da história, não são poucos os casos.

• Por vaidade, Heródias pediu a cabeça de João Batista numa bandeja.

• O rei Luis XIV, não perdoou seu ministro por fazer a mais bela festa de Paris.

• O general Tojo levou a morte milhares de soldados japoneses quando era sabido sua derrota.

E por aí segue.

Mandos e desmandos moldam cenários políticos e empresariais, disseminando a desconfiança entre as pessoas e a incerteza sobre os caminhos a serem trilhados.

Mentes brilhantes são apagadas. Projetos são engavetados.

Lamentavelmente, estamos novamente presenciando esse comportamento em muitas circunstâncias.

Num momento delicado do país, assistimos todos os dias a competição mesquinha entre aqueles que tem a obrigação de proteger e de cuidar.

Falta humildade. Sobra arrogância.

Fica a dica: "cuidado para não brilhar mais que o rei".

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