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O papel da Democracia e a sua função social

COLUNISTA - Professor Thiago Hernandes

Prof. Me. Thiago Hernandes

  • 07/08/20
  • 13:00
  • Atualizado há 189 semanas

De origem grega, a palavra democracia etimologicamente é composta por dois termos - demos (povo) - kratos (poder), que numa livre tradução poder ser entendida como "poder que vem/emana do povo". Ao longo da história e das sociedades que o conceito vem sendo aplicado, há um largo caminho, visto que as relações e ações humanas variam em tempo, espaço e interesses vigentes.

Por isso, falar em Democracia é buscar responder às seguintes questões:

• a que "povo" estamos falando?

• a qual poder nos referimos?

• quem exercerá este poder e de que forma?

• como o povo se apresentará e se relacionará entre as múltiplas relações estabelecidas?

Às respostas não são simples, teríamos que remontar há 300 anos a.C. e aqui nosso tempo e breve.

Dessa forma, apresento ao leitor os princípios elementares da prática democrática, aqueles que norteiam nossas práticas cidadãs e, em especial, garantem a nossa liberdade de expressão.

Liberdade, condição humana mais cara, afinal quando dela privada, tolhida, é que reconhece seu valor. Ela nos permite crescer como indivíduo, lutar pelas desigualdades, manifestar pelas injustiças. A liberdade nos emancipa, nos inclui. Força poderosa que envolve e entrelaça povos, nações, comunidades, pessoas. É como um ato sagrado, que fortalece e enriquece o indivíduo e a sociedade que está inserido. Entretanto, para muitas pessoas, liberdade é poder fazer o que se quer, livre de responsabilidades pelas ações. Viver democraticamente em liberdade é fundir direitos e deveres, em que o bem coletivo sobrepõe ao interesse individual. É enxergar e agir holisticamente.

É, por isso, que regras e normas existem, como elementos auxiliares da disciplina necessárias.

Sob essa ótica, vale ser lembrada a fala do ex-presidente uruguaio "Pepe" Mujica, em entrevista no Programa televisivo :Conversa com Bial:, transmitido em maio de 2017, ao afirmar: "o homem por suas imperfeições precisa de regras, de normas, do Estado para orientar suas ações, em como a vida em sociedade".

Neste contexto, o amadurecimento dos fundamentos democráticos vai se dando por meio das experiências individuais e de uma educação voltada à formação e a libertação, no poder de escolha e na tomada de decisões.

A prática democrática deve ser entendida como obrigação moral em prol do bem comum.

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