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O Preço do Tempo

Colunista - Professor Thiago Hernandes

Prof. Me. Thiago Hernandes

  • 22/09/21
  • 11:00
  • Atualizado há 131 semanas

Quantos de nós já não se deparou com o seguinte questionamento: "queria que o dia tivesse 48 horas para poder dar conta de tudo que tenho de fazer", ou então, "não tenho tempo para nada, muito menos para mim".

Ante estas e tantas outras indagações, cabe-me a reflexão: "por qual ou quais motivo(s) estamos sendo tragados pela grandeza que chamamos de tempo?

Podemos elencar possíveis respostas, tais como:

• Aumento do custo de vida;

• Novas e maiores exigências no mercado de trabalho;

• Tecnologias da informação que nos mantém conectados (reféns muitas vezes) o tempo todo;

• Estímulos externos de diferentes ordens que pregam permanentemente a necessidade de alcance de metas e objetivos;

• Construção do entendimento que precisamos ser "super-heróis" em tempo real;

Enfim, esta lista pode ser quase infinita. Porém, aqui trazendo uma reflexão apoiada na fala do Prof. Dr. Mário Sérgio Cortella, em sua obra "Não Nascemos Prontos", pergunto: corremos, nos anulamos, nos exploramos para ganhar tempo. Mas tempo para que?

Tempo para consumir mais? Tempo para trabalhar mais? Tempo para muitas vezes nos escondermos de nós mesmos?

Esta é uma discussão complexa, mas como as tônicas dos artigos por mim assinados estão em trazer ao leitor provocação reflexiva, quero falar da importância da busca e do equilíbrio em todos os campos de nossa vida.

Muitas vezes, nem sempre aprendemos pelos caminhos mais suaves. Precisamos sentir a dor "na pele", para ai sim, parar e se perguntar: "O que estou fazendo comigo? O que estou fazendo da minha vida?

É inegável o fato de que por estarmos em uma sociedade complexa e heterogênea, nem sempre podemos fazer só o que queremos e/ou como queremos, visto que a mesma é regida por regras, normas e padrões.

Entretanto, é necessário também termos a maturidade emocional e racional de entendermos que somos seres limitados. Por nossas próprias características físicas, cognitivas e emocionais, não conseguimos ser plenos em tudo e nem o tempo todo.

Mas quem disse que temos que ser o melhor em tudo? Não precisamos. Por qual motivo? Ninguém é, somos seres em constante construção.

Assumir isso não é fraqueza, ao contrário, é força! Precisa ser muito forte emocionalmente para reconhecer limitações, e sobretudo, buscar ajuda.

Deste modo, quero deixar aqui como mensagem final que para sermos amados e respeitados, temos primeiramente que nos amar, que nos respeitar. Ninguém dá o que não tem, não faz o que não é!

Vamos valorizar mais o tempo com ações edificantes e com práticas prazerosas. Olhe para você, faça uma análise interna, liste o que gosta e o que não gosta, o que pode e o que não poder ser evitado, estabeleça prioridades e limites e sobretudo, haja sempre buscando o bem.

Egoísmo e violência não é só pensar em si, egoísmo e violência também é se anular pelo outro.

Uma ótima semana para todos!

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