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Por menos cifras e mais abraços

COLUNISTA - Thiago Hernandes

Prof. Me. Thiago Hernandes

  • 06/09/21
  • 13:00
  • Atualizado há 136 semanas

Ao longo de quase 40 anos de vida, dos quais mais da metade dedicados às atividades laborais em diferentes segmentos, muitas foram as experiências em que discursos dirigidos exclusivamente ao alcance de metas, resultados, produção, produtividade e afins estiveram presentes quase que de forma unânime como elemento de regência.

Não quero ser ou se quer parecer ingênuo ante as demandas de uma economia de mercado, porém, também não consigo acreditar que estas devam ser os únicos pilares que sustam uma sociedade e suas relações.

Ao se dispor olhar ao redor, sem muita dificuldade nos deparamos com uma sociedade que em muitas vertentes está à beira de um colapso. Tal afirmação é constatada de forma direta ao considerar a crise ambiental, a desigualdade social, as guerras, as ditaduras, enfim, a violência em todas as suas vertentes.

E é nesta perspectiva que tenho plena consciência que a visão do paraíso é muito relativa, mas tenho convicção que, ao menos neste plano, muitas coisas poderiam ser melhores para TODOS!

Não é possível sentir paz, não ficar inquieto, não ser tocado com a delicada condição de vulnerabilidade que muitos de nossos irmãos humanos vivem, que da mesma forma que nós, querem ter a dignidade da sua existência suprida por meio do trabalho, da moradia, da educação, do saneamento básico, das oportunidades, enfim, poder ao menos sonhar.

Como esperar um futuro melhor se no tempo presente o que assistimos são inúmeras violações dos elementos que o proporcionariam?

Não credito em heróis, milagres talvez, mas tenho muita preocupação com aqueles que se apresentam como "salvadores da pátria", bem como o crescente discurso ufanista sobre um passado que nunca existiu e um futuro sonhado em que nada é feito no tempo presente para ser alcançado.

Muitos afirmam que vivemos tempos escusos, porém, considerando padrões científicos de análises, digo que sempre vivemos tempos assim, porém, com o incremento das novas tecnologias da informação e da comunicação, a velocidade, a elasticidade das propagações, alcançaram patamares jamais vivenciados.

Desta forma, em nome de entendimentos não orientados por parâmetros científicos, muitas acabam sendo as declarações e posicionamentos desconectados com a chamada verdade, e desta forma, retrocessos acabam sendo um caminho sem volta.

Sendo assim, vamos nos preocupar, sim, com as cifras, mas sem jamais esquecer dos abraços, uma vez que só somos humanos quando agimos como tal!

Uma ótima semana para todos(as)!

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