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Resistente a crises

  • 15/12/15
  • 17:00
  • Atualizado há 435 semanas

A recessão não escolhe vítimas. Negócios de diferentes portes e setores são atingidos indiscriminadamente. No entanto, algumas empresas sofrem menos. Por quê? O que torna um empreendimento mais resistente às turbulências do que outros? Para responder a essa pergunta, devemos olhar a gestão.

Evidentemente, o que aumenta a imunidade é o conjunto da obra, isto é, a soma de todos os aspectos que envolvem um negócio. É preciso ter qualidade no produto ou serviço, no atendimento, nas instalações, na equipe, no marketing, etc.

Já as finanças constituem um caso especial. Em primeiro lugar, os negócios sólidos são os que mantêm um controle rigoroso de custos e trabalham permanentemente para diminuí-los. É o princípio de gastar o menos possível, de forma racional e sem desperdícios.

Uma segunda particularidade diz respeito à poupança. As empresas mais fortes fazem economia para a época de vacas magras. Ter reservas permite apertar o cinto nas fases difíceis sem sufocar o empreendimento. É a tal da gordura para queimar, analogia clichê, mas verdadeira.

O terceiro fator para suportar as turbulências da economia é o que chamamos de fazer caixa, ou seja, vender. Obviamente, quanto mais vendas, mais verba. Aqui, como desdobramento, entram todas as estratégias para impulsionar o faturamento. No entanto, volto a bater na mesma tecla: os recursos têm de ser bem gerenciados ou o que seria um colchão capaz de amenizar impactos terá eficácia restrita e talvez insuficiente.

O bom uso do dinheiro se faz por meio do controle do capital de giro, que são os recursos disponíveis para manter as operações do negócio. Essa verba é a diferença entre o que entra e o que sai. Quando bem administrado, o capital de giro evita a necessidade do empresário recorrer a empréstimos para tocar o dia a dia e tapar buracos nas contas, submetendo-se a juros altos. Note-se que é uma situação diferente de buscar financiamento de forma planejada com o objetivo de se desenvolver.

Por fim, friso que ter poucas dívidas é essencial para aliviar a pressão nos momentos críticos. Nada pior para uma empresa do que uma série de pendências esvaziando ainda mais o bolso. A palavra é solvência: mais ativos do que passivos e uma capacidade de gerar caixa maior do que as dívidas.

Raras são as empresas que saem ilesas de uma crise tão aguda como a atual, porém, é possível minimizar os danos. Conte com o Sebrae-SP para isso.

Por: Bruno Caetano é diretor superintendente do Sebrae-SP

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