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Alzheimer: quando o esquecimento de coisas recentes deve servir de alerta

Maior complexo hospitalar privado de Uberlândia alerta para doença atingir 152 milhões de pessoas no mundo em 2050

Divulgação

  • 23/09/20
  • 09:00
  • Atualizado há 183 semanas

Uma doença que é progressiva, de origem desconhecida e que ainda não tem cura. O Alzheimer é caracterizado, inicialmente, como um transtorno de memória de caráter progressivo, que pode evoluir com danos irreversíveis no cérebro. O Dia Mundial de Conscientização da Doença de Alzheimer, cuja data é 21 de setembro, tem o objetivo de alertar sobre a doença que afeta cerca de 50 milhões de pessoas no planeta e que considerada a sexta causa de morte nos Estados Unidos, país onde tem grande prevalência.

De acordo com o Instituto Alzheimer Brasil (IAB), estima-se que no mundo mais de 50 milhões de pessoas tenham sido diagnosticadas com demência, número que poderá chegar a 74,7 milhões em 2030 e a 152 milhões em 2050, segundo levantamento feito pela Associação Internacional de Alzheimer em 2019.

A Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG), classifica as demências como doenças cerebrais que causam a diminuição progressiva da capacidade cognitiva, alterações de comportamento e perda da funcionalidade. A doença de Alzheimer é apontada como o tipo mais frequente de demência. Ainda de acordo a SBGG, no Brasil das mais de 29 milhões de pessoas acima de 60 anos, aproximadamente dois milhões de pessoas têm demência, sendo que de 40 a 60% delas são do tipo Alzheimer.

Segundo o neurocirurgião do Santa Genoveva Complexo Hospitalar, Marcelo Batista Chioato dos Santos, a evolução global da Doença de Alzheimer pode afetar as funções executivas do cérebro e levar até a dependência completa do paciente. "Ela pode ser classificada como precoce quando acomete pacientes entre 40 e 50 anos e tardia, mais comum a partir de 65 anos", disse.

"Normalmente, os sintomas iniciais são a perda de memória para fatos recentes, o que chamamos de memória de trabalho, ou de curto prazo. No transcorrer dos sintomas, o paciente vai perdendo progressivamente a capacidade para lembrar ou fazer atividades mais simples, o que as incapacitam para trabalhar ou gerir uma vida civil", completa.

O neurocirurgião avalia que, apesar de possuir fatores de mutação genéticos, a Doença de Alzheimer não é hereditária. "É importante dizer, também, que o tempo de evolução é variável e depende de fatores de maior ou menor predisposição biológica do indivíduo. Sabe-se que pode ser mais rápida e pior no sexo feminino, associado aos fatores hormonais, obesidade, hipertensão arterial, dietas hipercalóricas e processadas industrialmente e sedentarismo. Apesar de não haver novidades no tratamento, a descoberta precoce da Doença de Alzheimer pode retardar a gravidade dos sintomas em médio e longo prazo", finaliza Marcelo Batista Chioato dos Santos.

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