Assisense de 17 anos apreendido na sexta é encontrado morto na Cadeia de Lutécia
A família alega espancamento
O assisense Carlos Alexandre Domiciano, de 17 anos, apreendido na sexta-feira, 9 de outubro, na Vila Progresso em Assis, e levado à Cadeia Pública de Lutécia, foi encontrado morto na manhã desse sábado, 10, com sinais de espancamento e hematomas, segundo os familiares.
De acordo com a família, uma equipe policial encontrou drogas na quadra poliesportiva da Vila Progresso e foi até a casa do adolescente alegando que as drogas eram dele e o apreendeu.
Carlos alegou que as drogas encontradas na quadra não pertenciam a ele, e garantiu a mãe que voltaria para a casa antes de 6 meses, pois sabia que era inocente.
Um familiar de Carlos, que preferiu não se identificar, conta que a família não aceita a hipótese de suicídio.
"Ele era um menino feliz, saudável, adorava estar em família, com os amigos e a namorada. O corpo de Carlos está com marcas de enforcamento e cortes nos braços e no laudo que recebemos consta ingestão de remédios. Não é possível que em menos de 24 horas preso dentro da cadeia ele tenha conseguido ter acesso a uma corda, material cortante e remédios", se indigna.
Carlos havia tido uma breve passagem, de 45 dias, na Penitenciária de Marília, por envolvimento com drogas.
Até agora a Cadeia de Lutécia não deu nenhuma explicação formal à família e os pais seguem sem saber o que realmente houve com o filho. Segundo a família, o advogado entrará com processo contra o Estado para investigar o caso.
Seu sepultamento ocorreu às 11h30, de hoje, no Cemitério Municipal da Saudade, em Assis.
O Delegado Ricardo Fracasso entrou em contato com a redação e afirmou que o caso será apurado e investigado.