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Assisense de 17 anos apreendido na sexta é encontrado morto na Cadeia de Lutécia

A família alega espancamento

Redação AssisCity

  • 11/10/20
  • 12:00
  • Atualizado há 180 semanas

O assisense Carlos Alexandre Domiciano, de 17 anos, apreendido na sexta-feira, 9 de outubro, na Vila Progresso em Assis, e levado à Cadeia Pública de Lutécia, foi encontrado morto na manhã desse sábado, 10, com sinais de espancamento e hematomas, segundo os familiares.

De acordo com a família, uma equipe policial encontrou drogas na quadra poliesportiva da Vila Progresso e foi até a casa do adolescente alegando que as drogas eram dele e o apreendeu.

Carlos alegou que as drogas encontradas na quadra não pertenciam a ele, e garantiu a mãe que voltaria para a casa antes de 6 meses, pois sabia que era inocente.

divulgação - Carlos Alexandre, 17 anos
Carlos Alexandre, 17 anos

Um familiar de Carlos, que preferiu não se identificar, conta que a família não aceita a hipótese de suicídio.

"Ele era um menino feliz, saudável, adorava estar em família, com os amigos e a namorada. O corpo de Carlos está com marcas de enforcamento e cortes nos braços e no laudo que recebemos consta ingestão de remédios. Não é possível que em menos de 24 horas preso dentro da cadeia ele tenha conseguido ter acesso a uma corda, material cortante e remédios", se indigna.

Carlos havia tido uma breve passagem, de 45 dias, na Penitenciária de Marília, por envolvimento com drogas.

Até agora a Cadeia de Lutécia não deu nenhuma explicação formal à família e os pais seguem sem saber o que realmente houve com o filho. Segundo a família, o advogado entrará com processo contra o Estado para investigar o caso.

Seu sepultamento ocorreu às 11h30, de hoje, no Cemitério Municipal da Saudade, em Assis.

O Delegado Ricardo Fracasso entrou em contato com a redação e afirmou que o caso será apurado e investigado.

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