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Café Virtual debate importância das áreas protegidas de Assis para a biodiversidade

Abastecimento público e proteção dos ecossistemas são as principais características das unidades no interior de São Paulo

Divulgação

  • 02/09/20
  • 17:00
  • Atualizado há 219 semanas

O Café Virtual realizado na quinta-feira, 27, abordou "A importância da Estação Ecológica e da Floresta Estadual de Assis para a biodiversidade e o bem-estar humano". A 18ª edição do evento, promovido pela Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente (SIMA) e pelo Instituto Florestal (IF), contou com a palestra do engenheiro florestal e analista de recursos ambientais Antônio Carlos Galvão de Melo.

Na ocasião, o diretor-geral do IF, Luis Alberto Bucci, lembrou que o trabalho desenvolvido nas unidades de Assis são motivo de orgulho para a instituição. A Estação Ecológica e a Floresta Estadual de Assis constituem um complexo de unidades de conservação conhecido como Horto florestal.

Na apresentação, Antônio Carlos Galvão de Melo destacou o abastecimento público de água para o município como uma das principais características das unidades. A bacia hidrográfica, que dá suporte à produção de água, é protegida pelas suas florestas, possibilitando produção constante e fornecimento hídrico para cerca de 80% dos habitantes de Assis.

O entorno das unidades, explica Melo, é ocupado por atividades agrícolas e protegido pelas zonas de amortecimento, responsáveis pela qualidade da água. "Há cerca de quatro anos, quando o estado de São Paulo passou por uma gravíssima crise hídrica, Assis não teve racionamento de água por conta da cobertura dessas áreas. Ou seja, esse é o serviço mais importante que elas prestam à comunidade local", ressaltou.

divulgação - Pesquisadores durante o café virtual
Pesquisadores durante o café virtual

Ecossistemas

Outra característica das unidades é a proteção dos ecossistemas existentes, como o cerrado, que está bem conservado. O inventário sobre a biodiversidade aponta a existência de 440 espécies de plantas nativas na região, sendo 13 ameaçadas de extinção. A fauna soma 22 espécies de anfíbios, 36 mamíferos, 17 répteis e 197 aves. "Trata-se de uma riqueza da biodiversidade protegida dentro dessas unidades", reforçou o engenheiro florestal.

A Estação Ecológica e a Floresta Estadual de Assis também abrigam pesquisa científica de produção de pinus (pinheiro), eucalipto e de resina. E vale destacar que os estudos contribuíram para aumentar a produtividade de resina nas florestas de pinus em cerca de quatro vezes.

Há ainda pesquisas em outras áreas de conhecimento dos ecossistemas, ecologia, produção florestal, serviços ecossistêmicos, sequestro de carbono fixado nas florestas, ciclo hidrológico, entre outras. As pesquisas são desenvolvidas em parceria com outras instituições e universidades (USP, Unesp e Unicamp).

Até o momento, o IF soma 109 projetos de pesquisa na Estação Experimental e 65 na Floresta Estadual, com grande número de publicações de artigos, teses, dissertações e livros, entre outros. As unidades também despertam o interesse de quem quer praticar atividade física, seja corrida, caminhada, ciclismo entre outras. A média anual de visitantes é de 69 mil desde 2017.

O Café Virtual contou também com a participação do secretário municipal de Agricultura e Meio Ambiente de Assis, Fábio Nossack, e do chefe da Seção de Assis, Osmar Vilas Boas.

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