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De Braços Abertos para as crianças de Assis (e outros lugares)

Mais uma história de amor para inspirar nosso domingo

Fernando Nascimento

  • 16/04/23
  • 10:00
  • Atualizado há 52 semanas

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Um nome sugestivo, que nos remete a… Amar. Mais uma história de amor, para inspirar nosso domingo, e ressignificar o sentido de estarmos de Braços Abertos.

Nossa narrativa de hoje tem toques gringos. Quando o jovem norte-americano Michael Meyers e sua esposa assisense Patrícia Pipolo se apaixonaram, não imaginariam que esse amor seria um pouco mais amplo, por assim dizer. Morando nos Estados Unidos, após casados, eles cuidavam e pastoreavam o departamento infantil da igreja que frequentavam.

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No ano de 2006, durante uma visita ao Brasil, ele, e seu sogro Rubens, estavam parados em um sinal de trânsito, em São Paulo, e algumas crianças estavam próximas, pedindo esmolas. Ao observá-las, Michael questionou-se por que ele, como cristão, não sentia nenhum tipo de compaixão por aquelas crianças, e fez uma oração em pensamento sobre isso. Logo em seguida um menino chegou ao lado da janela, olhou fixamente em seus olhos e afastou-se, sem nada pedir.

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Michael entendeu que recebera uma missão divina: fazer algo por crianças desamparadas. Logo venderam o que tinham nos EUA, e voltaram ao Brasil, para desenvolver um trabalho, aqui em Assis. Nascia, assim, o Braços Abertos Brasil, em junho do mesmo ano.

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No início, eles reuniam cerca de 40 crianças da Cohab IV, em frente à igreja que participavam. Um certo sábado, o Conselho Tutelar trouxe 4 crianças em situação de vulnerabilidade social, para participarem das atividades. O que foi incentivo para voos mais altos.

Tempos depois, o projeto criou um núcleo na Vila Progresso, e o número de voluntários (guarde essa palavra) só aumentava. Crianças que ficavam na rua, muitas vezes passando fome, recebiam afeto, alimento e, principalmente, formação de caráter. O BAB, como Associação Cristã, sempre buscou disseminar conhecimento, cidadania, acolhimento e também princípios bíblicos. A maneira que encontraram de tentar melhorar as vidas das crianças, adolescentes e familiares, frequentadores dos projetos.

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Quem se voluntaria, o faz conforme suas habilidades. Isso permite que se tenha atividades diversas. Após completar 14 anos, o participante do projeto pode tornar-se um voluntário aprendiz. Quase sempre, mesmo após atingir a vida adulta, ele ou ela continua participando, pois o desejo de entregar aquilo que receberam move os ideiais de cada um dos cerca de 100 voluntários.

Mas o voluntariado no BAB extrapola a participação aos sábados. Muitos resolvem ampliar os trabalhos: ao se mudarem para outros locais, levam o projeto consigo e, hoje, há projetos em Florestópolis/PR, com 80 crianças, e Aquidauana/MS (na cidade e em duas aldeias indígenas), com mais de 200 crianças.

Aqui em Assis, são cerca de 500 crianças de 6 a 13 anos atendidas, além dos bairros já citados, no Assis III, Parque Colinas, Nova Assis e Parque Universitário, em atividades como artesanato, reforço escolar, aulas de inglês, informática,libras, xadrez, balé, acompanhamento psicológico, entre outros, distribuídas entre o sábado e nos dias da semana. Em escolas, através de parcerias com o poder público e em centros comunitários.

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O BAB também desenvolve um projeto base de serviço em algumas escolas, onde professores voluntários reforçam conceitos como cidadania, quanto vale uma vida, futsal e rodas de diálogo. O objetivo, servir o bairro. Já ajudaram, inclusive, em reformas da escola, quadras e centros comunitários.

Os times, formados nas oficinas de futsal do BAB, participam com frequência de campeonatos em Assis e na região.

Também mantém um trabalho na Fundação Casa em Marília, chamado de Zadoc. O objetivo: mostrar aos jovens que há uma segunda chance, nas palavras do Pr Eduardo, um dos responsáveis.

Em certa ocasião, durante a pandemia de Covid-19, o pessoal sentiu a necessidade de ajudar a reformar a casa incendiada de uma família participante do projeto. De volta aos Estados Unidos, Michael lançou uma campanha virtual para arrecadar recursos, que extrapolou o necessário em poucas horas. Um verdadeiro milagre para o BAB e para a família. E que não parou por aí: uma construtora americana se dispôs a doar recursos para que mais trabalhos como esse fossem realizados, o que continuou acontecendo em Assis e nas cidades onde o projeto está presente.

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Doações internacionais e domésticas ajudam a manter os projetos e custear a equipe administrativa do Braços Abertos Brasil, composta por 12 funcionários.

Agora que você conheceu um pouco do trabalho, fica o convite para se envolver. Se não como voluntário, como colaborador. Doações são bem-vindas (e necessárias). O que pode ser doado? Muitas coisas. Basta entrar em contato com o escritório, que fica na JV da Cunha e Silva, próximo à rotatória com a Otto Ribeiro, para saber como ajudar.

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Mais uma história de amor prático, que nos inspira a estarmos, também, de Braços Abertos para quem precisa. Isso pode fazer a diferença para muita gente.

Obrigado BAB!

Que Deus abençoe nosso domingo.

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