Buscar no site

De Braços Abertos para as crianças de Assis (e outros lugares)

Mais uma história de amor para inspirar nosso domingo

Fernando Nascimento

  • 16/04/23
  • 10:00
  • Atualizado há 6 semanas

43/118

Um nome sugestivo, que nos remete a… Amar. Mais uma história de amor, para inspirar nosso domingo, e ressignificar o sentido de estarmos de Braços Abertos.

Nossa narrativa de hoje tem toques gringos. Quando o jovem norte-americano Michael Meyers e sua esposa assisense Patrícia Pipolo se apaixonaram, não imaginariam que esse amor seria um pouco mais amplo, por assim dizer. Morando nos Estados Unidos, após casados, eles cuidavam e pastoreavam o departamento infantil da igreja que frequentavam.

Divulgação

No ano de 2006, durante uma visita ao Brasil, ele, e seu sogro Rubens, estavam parados em um sinal de trânsito, em São Paulo, e algumas crianças estavam próximas, pedindo esmolas. Ao observá-las, Michael questionou-se por que ele, como cristão, não sentia nenhum tipo de compaixão por aquelas crianças, e fez uma oração em pensamento sobre isso. Logo em seguida um menino chegou ao lado da janela, olhou fixamente em seus olhos e afastou-se, sem nada pedir.

Divulgação

Michael entendeu que recebera uma missão divina: fazer algo por crianças desamparadas. Logo venderam o que tinham nos EUA, e voltaram ao Brasil, para desenvolver um trabalho, aqui em Assis. Nascia, assim, o Braços Abertos Brasil, em junho do mesmo ano.

Divulgação

No início, eles reuniam cerca de 40 crianças da Cohab IV, em frente à igreja que participavam. Um certo sábado, o Conselho Tutelar trouxe 4 crianças em situação de vulnerabilidade social, para participarem das atividades. O que foi incentivo para voos mais altos.

Tempos depois, o projeto criou um núcleo na Vila Progresso, e o número de voluntários (guarde essa palavra) só aumentava. Crianças que ficavam na rua, muitas vezes passando fome, recebiam afeto, alimento e, principalmente, formação de caráter. O BAB, como Associação Cristã, sempre buscou disseminar conhecimento, cidadania, acolhimento e também princípios bíblicos. A maneira que encontraram de tentar melhorar as vidas das crianças, adolescentes e familiares, frequentadores dos projetos.

Divulgação

Quem se voluntaria, o faz conforme suas habilidades. Isso permite que se tenha atividades diversas. Após completar 14 anos, o participante do projeto pode tornar-se um voluntário aprendiz. Quase sempre, mesmo após atingir a vida adulta, ele ou ela continua participando, pois o desejo de entregar aquilo que receberam move os ideiais de cada um dos cerca de 100 voluntários.

Mas o voluntariado no BAB extrapola a participação aos sábados. Muitos resolvem ampliar os trabalhos: ao se mudarem para outros locais, levam o projeto consigo e, hoje, há projetos em Florestópolis/PR, com 80 crianças, e Aquidauana/MS (na cidade e em duas aldeias indígenas), com mais de 200 crianças.

Aqui em Assis, são cerca de 500 crianças de 6 a 13 anos atendidas, além dos bairros já citados, no Assis III, Parque Colinas, Nova Assis e Parque Universitário, em atividades como artesanato, reforço escolar, aulas de inglês, informática,libras, xadrez, balé, acompanhamento psicológico, entre outros, distribuídas entre o sábado e nos dias da semana. Em escolas, através de parcerias com o poder público e em centros comunitários.

Divulgação

O BAB também desenvolve um projeto base de serviço em algumas escolas, onde professores voluntários reforçam conceitos como cidadania, quanto vale uma vida, futsal e rodas de diálogo. O objetivo, servir o bairro. Já ajudaram, inclusive, em reformas da escola, quadras e centros comunitários.

Os times, formados nas oficinas de futsal do BAB, participam com frequência de campeonatos em Assis e na região.

Também mantém um trabalho na Fundação Casa em Marília, chamado de Zadoc. O objetivo: mostrar aos jovens que há uma segunda chance, nas palavras do Pr Eduardo, um dos responsáveis.

Em certa ocasião, durante a pandemia de Covid-19, o pessoal sentiu a necessidade de ajudar a reformar a casa incendiada de uma família participante do projeto. De volta aos Estados Unidos, Michael lançou uma campanha virtual para arrecadar recursos, que extrapolou o necessário em poucas horas. Um verdadeiro milagre para o BAB e para a família. E que não parou por aí: uma construtora americana se dispôs a doar recursos para que mais trabalhos como esse fossem realizados, o que continuou acontecendo em Assis e nas cidades onde o projeto está presente.

Divulgação

Doações internacionais e domésticas ajudam a manter os projetos e custear a equipe administrativa do Braços Abertos Brasil, composta por 12 funcionários.

Agora que você conheceu um pouco do trabalho, fica o convite para se envolver. Se não como voluntário, como colaborador. Doações são bem-vindas (e necessárias). O que pode ser doado? Muitas coisas. Basta entrar em contato com o escritório, que fica na JV da Cunha e Silva, próximo à rotatória com a Otto Ribeiro, para saber como ajudar.

Divulgação

Mais uma história de amor prático, que nos inspira a estarmos, também, de Braços Abertos para quem precisa. Isso pode fazer a diferença para muita gente.

Obrigado BAB!

Que Deus abençoe nosso domingo.

Receba nossas notícias em primeira mão!

Mais lidas
Ver todas as notícias locais
Colunistas Blog Podcast
Ver todos os artigos