A série de entrevistas com candidatos a deputado estadual e federal por Assis teve início nessa quinta-feira, 8, com a candidata Alina Yule pelo coletivo PCDs do PSOL, que tem como cabeça de chapa Regina Célia de Guarulhos.
Alina foi apresentada ao grupo por Bruna Reis e levada para o Setorial do PSOL e lançou seu nome ao lado de outros representantes para descaracterizar o preconceito que gira especialmente em torno dos direitos dos deficientes, sem deixar de olhar para todos.
Advogada e mãe de uma adolescente de 14 anos, cadeirante, e sem nunca ter tido vínculo com partido político, Alina busca "dar visibilidade aos PCDs. Eu sempre fui militante isolada e com essa oportunidade quero defender e trabalhar pela qualidade de vida dos deficientes, seja na educação e saúde como em outros segmentos. O que eu quero para minha filha eu também quero para todos".

Alina justifica que esse é o objetivo maior de ter aceito o convite para participar do coletivo e feito alianças com outros grupos e candidatos, sem ter um plano de governo fechado. "Nós não temos um plano de governo fechado, nós estamos abertos a sugestões e não somente pelos deficientes", declara Alina.
Questionada por Gerônimo Paes sobre as chances de se eleger e se vários candidatos no coletivo poderiam inviabilizar que seja eleita, Alina afirma que "alianças fortalecem o coletivo e sendo eleitos vamos tomar todas as decisões juntos", declara Alina.
Ciente de que é dona da própria causa, Alina garante que vai trabalhar em dois projetos especiais. Um deles é de uma candidata do coletivo na baixada santista, com projeto já pronto, sobre o 'emprego apoiado", que "dará suporte e apoio a empresas na contratação de deficientes em cotas".
O outro projeto, de sua autoria, é "disponibilizar apoio psicossocial a pais e familiares de pessoas com deficiência. Justifico esse projeto pela necessidade que senti quando minha filha nasceu. Assim, o projeto vai direcionar as famílias a entidades e instituições que possam participar e orientar a família".

Questionada sobre verbas de campanha, Alina informa que os recursos são poucos, e o fundo do coletivo é apenas para divulgação e que cada candidato é responsável pelos seus gastos. "No meu caso eu disponho de pouco recurso e tenho que priorizar os cuidados com minha filha. Onde eu puder levá-la eu vou. Mas, quero representar Assis e região", diz.
Em suas considerações finais Alina faz o apelo para "aqueles que se identificam com a nossa causa venham conosco, pois a nossa trajetória é de retrocesso nos direitos dos deficientes. Deixo claro que essa não é nossa única causa, visto que temos projetos para todas elas", conclui Alina.