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Ex-marido de Sílvia Cassiano, morta e esquartejada em 2008, está em liberdade

Quatro pessoas foram presas. Advogados conseguiram Habeas Corpus do ex-marido e já impetraram pedido aos outros três suspeitos que continuam presos

Redação AssisCity.com

  • 05/11/14
  • 09:00
  • Atualizado há 490 semanas

Os advogados criminalistas Sérgio Alessandro Pereira, Ricardo Carneiro Cardoso da Costa e Vilmar Francisco Silva Melo informaram que Cristiano Aparecido Augusto, suposto assassino de Sílvia Cassiano, morta e esquartejada em 8 de março de 2008, encontra-se em liberdade.

"Foi decretada prisão preventiva de Cristiano Aparecido Augusto, ex-marido da vítima, e de mais três pessoas que são co-réus no processo. Os três permanecem presos e Cristiano encontra-se em liberdade desde terça-feira, 28 de outubro", relata Carneiro.

Os advogados entraram com pedido de Habeas Corpus no Tribunal de Justiça de são Paulo alegando excesso de prazo para o término do processo de homicídio, ou seja, dizendo "que havia extrapolado o tempo razoável para o inquérito e que não havia prova cabal evidente de que tinha sido ele. O TJ negou o Habeas Corpus e nós impetramos novo pedido em Brasília que concedeu liminar reconhecendo o constrangimento ilegal da prisão", declara Sérgio Alessandro Pereira.

Apesar da concessão do Habeas Corpus, o processo continua e "o ex-marido de Sílvia vai aguardar o julgamento do recurso e eventual júri em liberdade. O júri popular vai depender do resultado do julgamento", declara Pereira.

Sílvia Cassiano, grávida, morta e esquartejada em 8 de março de 2008
Sílvia Cassiano, grávida, morta e esquartejada em 8 de março de 2008

Segundo informaram os advogados, o ex-marido de Sílvia nunca confessou o crime, e consta que "ele e outros familiares estavam em uma festa em um sítio quando aconteceu o fato. No dia seguinte meu cliente encontrou os filhos com a avó paterna e os filhos disseram que eles estavam dormindo e quando acordaram não encontraram a mãe. As crianças ficaram sob a guarda da avó paterna e agora desde que Cristiano saiu da prisão os filhos estão com ele", informa Carneiro.

Para os advogados o mérito do Habeas Corpus deve ser comemorado porque "é muito difícil conseguir esse tipo de liberdade, principalmente em Brasília, mesmo porque é um caso de grande repercussão. No início de outubro fizemos o pedido para Brasília e foi deferido pelo ministro Nefi Cordeiro", anuncia Pereira.

De acordo ainda com os advogados, "no decorrer do processo, a partir da investigação, foi apontado que eles, os quatro que estavam presos, seriam os autores do homicídio. As provas não foram concluídas e até o momento não ficou provado que teriam culpa e vão responder perante o TJ. A partir de agora estamos trabalhando pela liberdade dos outros três acusados de fazerem parte integrante do homicídio. Esta semana já impetramos ação de pedido de Habeas Corpus dos outros três acusados", informa Pereira, que diz aguardar o resultado com bastante confiança.

Os fatos

08/02/2008 - Sílvia Cassiano, 33 anos, mãe de dois filhos menores, grávida de 5 meses, desapareceu enquanto os filhos dormiam. Família temia que algo de ruim tivesse acontecido. Dois meses depois a primeira parte de seu corpo (do quadril aos joelhos) foi encontrada dentro de um saco de lixo, em um terreno baldio na periferia da cidade.

Dias depois outras partes do corpo de Sílvia foram aparecendo. Sempre em sacos plásticos. Aparentemente congelados. O tronco nunca apareceu.

O que mais impressionou foi o encontro de sua cabeça, com cabelos, junto a um prato onde estava o feto de um menino.

De acordo com os cortes, a pessoa que esquartejou a gestante mostrou ter muita habilidade no manuseio de faca/facão.

O sepultamento de Silvia Cassiano, que trabalhava como cozinheira, só foi realizado cinco meses depois de ter sido esquartejada, provavelmente, ainda com vida.

15/11/2012 - Dois suspeitos de terem cometido o crime foram presos. E a investigação para saber quem tinha praticado o ato de esquartejar e os motivos para isso continuou.

22/11/2012 - Outros dois suspeitos de terem participado do crime foram presos. A investigação ainda não tinha terminado.

Dos quatro acusados, dois são irmãos, sendo o ex-marido e cunhado da mulher que foi vítima. Os outros dois homens presos eram vizinhos da vítima.

No decorrer do inquérito policial pelo menos 50 pessoas foram ouvidas, formal e informalmente.

Os advogados criminalistas Ricardo Carneiro Cardoso da Costa e Sérgio Alessandro Pereira

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