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População promove protesto e pede justiça por cachorro morto a pauladas em Assis

A passeata acontecerá neste sábado, 3

Redação AssisCity/Informações G1

  • 30/09/20
  • 11:00
  • Atualizado há 182 semanas

Neste sábado, 3 de outubro, apoiadores da causa animal promovem uma passeata em protesto ao cachorro Thor, que foi morto a paulada, no final de semana no Distrito Industrial em Assis.

O grupo está se mobilizando pelas redes sociais e por meio de um grupo do WhatsApp estão convidando a população para participar e buscar justiça pela morte cruel do animal.

Um dos organizadores conta que a ideia surgiu por meio das pessoas que viram as imagens cruéis e que se sensibilizaram com a situação que o animal passou. "Deixaram Thor morto e abandonado, além de sofrer até a morte foi tratado como lixo, um animal que era dócil e gentil".

Divulgação - Chamada para participação da passeata
Chamada para participação da passeata

Os responsáveis irão até a Polícia para pedir as autorizações necessárias e então no sábado, 3 de outubro, às 9 horas o grupo sairá da Praça da Catedral seguindo até o Distrito Industrial, onde o animal foi enterrado.

O caso

Neste final de semana um homem matou um Pitbull a pauladas no Distrito Industrial de Assis. Thor, como o animal era chamado, pulou para o quintal do vizinho e foi acertado diversas vezes com um pedaço de madeira, ao ser encurralado pelo dono do terreno.

Divulgação - Imagens da câmera de segurança registram momento em que homem ataca o animal
Imagens da câmera de segurança registram momento em que homem ataca o animal

Nas imagens da câmera de segurança é possível ver o animal se esconder em um canil e o homem arremessar tijolos no animal. Após isso, o animal é deixado morto dentro do canil até ser encontrado pelo dono.

Divulgação - Thor, de 1 ano e 4 meses, foi morto depois de brigar com o cachorro do vizinho em Assis — Foto: Arquivo pessoal
Thor, de 1 ano e 4 meses, foi morto depois de brigar com o cachorro do vizinho em Assis — Foto: Arquivo pessoal

O outro lado

Em entrevista ao G1, o dono da empresa invadida contou que tomou a atitude depois que os dois cachorros do vizinho invadiram seu terreno e atacaram seu cão, também da raça Pit bull. Segundo ele, não é a primeira vez que isso acontece.

"Eu vi eles quase matando meu cachorro e eu tive que separar. Eu joguei as pedras para separar, mas no momento da raiva, acabei extrapolando", admite o homem que preferiu não se identificar.

Divulgação - Vizinho informou que o cachorro dele ficou ferido durante a briga em Assis — Foto: Arquivo pessoal
Vizinho informou que o cachorro dele ficou ferido durante a briga em Assis — Foto: Arquivo pessoal

O dono informou que o cachorro dele ficou ferido e teve que ser levado ao veterinário e está internado. Para ele, houve negligência do vizinho em ter deixado o portão aberto.

Lei sancionada

O presidente Jair Bolsonaro sancionou nesta terça-feira, 29 de setembro, sem vetos, a lei que estabelece pena de dois a cinco anos de reclusão para quem praticar atos de abuso, maus-tratos ou violência contra cães e gatos.

O texto também prevê multa e proibição da guarda para quem praticar os atos contra esses animais.

De acordo com o Planalto, a "mudança faz com que o crime deixe de ser considerado de menor potencial ofensivo, possibilitando que a autoridade policial chegue mais rápido à ocorrência".

"O criminoso será investigado e não mais liberado após a assinatura de um termo circunstanciado, como ocorria antes. Além disso, quem maltratar cães e gatos passará a ter, também, registro de antecedente criminal e, se houver flagrante, o agressor é levado para a prisão", diz texto divulgado pelo governo.

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