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"São mais de 12 anos lutando", desabafa mulher de motorista diagnosticado com doença de Perthes

Rodrigo não consegue fazer tarefas básicas como se vestir

Redação AssisCity

  • 01/06/22
  • 09:00
  • Atualizado há 98 semanas

Imagina durante a infância a falta de fornecimento de sangue gerar um problema triste doloroso na vida adulta. Essa é história de Rodrigo de Souza Pereira, diagnosticado com a doença aos 29 anos.

A esposa de Rodrigo, Rosilene de Souza Cassiano Pereira, procurou o Portal AssisCity para contar um pouco sobre a luta que a família tem enfrentado desde 2009, quando após pular do caminhão onde trabalhava o homem nunca mais se recuperou.

"Foram diversas consultas, remédios, técnicas e tratamentos desperdiçados, pois nenhum médico conseguia descobrir o que Rodrigo tinha. Fomos em médicos do SUS e no particular, nada resolvia o problema dele", explica.

Divulgação - Rodrigo de Souza Pereira - Foto: Divulgação
Rodrigo de Souza Pereira - Foto: Divulgação

Diagnóstico

Após diversas tentativas falhas de descobrir o que causava aquela dor em Rodrigo, o paciente chegou ao médico Alexandre, que após pedir um raio-x do quadril identificou que Rodrigo era portador da doença de Perthes.

A doença de Legg-Calvé-Perthes consiste na destruição do quadril, causada por um fornecimento de sangue insuficiente para a parte superior da placa de crescimento do fêmur, perto da articulação do quadril.

"Devido à profissão do meu marido esse desgaste do fêmur só aumentou, até que ele não aguentava mais de dor, por isso fomos encaminhados para o Hospital Mário Covas, em Marília, e através de exames descobrimos que os dois lados do quadril dele estavam desgastados", relembra Rosilene.

Divulgação - Quadril do Rodrigo com desgaste - Foto: Divulgação
Quadril do Rodrigo com desgaste - Foto: Divulgação

A única opção para Rodrigo seria a cirurgia para a colocação de próteses, porém, pelo SUS apenas pessoas acima dos 60 anos têm o direito de fazer a cirurgia e a família encontrou mais um problema, a questão financeira.

Início da luta

"Confesso que naquele momento sentimos sem chão, pois estávamos iniciando uma luta", conta Rosilene.

Rodrigo foi encostado pelo INSS, por decisão judicial, mas isso durou apenas três anos, Neste meio tempo Rosilene saiu para trabalhar fora, deixou em casa Rodrigo e seus três filhos pequenos.

"Era a única alternativa, tínhamos uma família e uma casa para manter e Rodrigo não conseguia nenhum emprego devido às suas condições. Após ser cortado do INSS tentamos recorrer, mas foi negado e então Rodrigo começou a trabalhar por conta", relata.

A empresa Rossetto Doces Distribuidora foi a única que deu uma oportunidade para Rodrigo, que começou a trabalhar como vendedor, trabalhou lá por dois anos, mas nestes últimos meses chegou ao limite de sua dor.

"Já tem um ano que ele está limitado e não consegue fazer funções básicas como vestir calças, colocar sapatos e nem abaixar, então eu e meus filhos precisamos fazer por ele", relata a esposa.

Ajuda

Após um tempo, a família conheceu o médico Walter, de uma clínica em Londrina, e pelos impostos serem mais baixos no Paraná, a cirurgia tem custo mais baixo.

"Com a ajuda da minha igreja e de nossa família realizamos uma ação entre amigos para sortear nosso carro. Infelizmente, não alcançamos o valor necessário e no dia do sorteio o número não havia sido vendido e o carro voltou para nós", explica a mulher.

Rosilene, a família e os amigos estão promovendo uma vakinha online para custear a cirurgia, as medicações e parte do valor da prótese que ainda falta para completar.

"No total precisamos de R$ 43 mil. É esse dinheiro que vai nos ajudar, só as próteses custaram mais de R$ 28mil, que conseguimos arrecadar com a ação entre amigos. Agora, precisamos custear os exames preparatórios, a cirurgia e o pós-operatório, por isso contamos com a ajuda de todos", finaliza.

Para ajudar a família de Rosilene, basta acessar a vakinha, clicando aqui e fazer sua doação.

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