"Zerei o game", diz fotógrafo assisense selecionado para cobrir jogo da Seleção Brasileira
Paulo Henrique Dias esteve entre os 90 fotógrafos selecionados em nível nacional para cobrir partida entre Brasil e Equador pelas Eliminatórias da Copa 2026 em Curitiba
Redação AssisCity
- 09/09/24
- 14:00
- Atualizado há 4 semanas
O fotógrafo assisense Paulo Henrique Dias, de 39 anos, alcançou mais um marco importante em sua carreira. Ele foi um dos 90 profissionais escolhidos em todo o país para cobrir o jogo entre a Seleção Brasileira e o Equador, realizado na última sexta-feira, 6 de setembro, em Curitiba, pelas Eliminatórias da Copa de 2026.
Início da carreira como fotógrafo esportivo
Paulo, que começou sua trajetória no futebol local, fotografando para o VOCEM Assisense, hoje se destaca na cobertura de diversos campeonatos pelo país. "Eu comecei a fotografar quando o Fábio Melo, diretor executivo do VOCEM, me convidou para acompanhar e registrar a Copinha 2023. Foi ali que me apaixonei pela fotografia esportiva, e desde então, graças a Deus, só fui evoluindo", contou Paulo.
Após seu trabalho na Copinha, Paulo foi convidado a seguir o time profissional que disputava a Bezinha, além de fotografar a equipe Sub-20. Nesse período, ele conseguiu seu credenciamento pela Associação de Fotógrafos ARFOC-SP, responsável pela autorização dos fotógrafos para jogos oficiais. Com o aprimoramento do seu trabalho, Paulo recebeu um convite especial para registrar um clássico paulista.
Cobertura de jogos da Série A
"Meu destaque veio quando fui chamado para fotografar Santos e São Paulo, na Vila Belmiro, em 2023. Depois disso, cobri jogos do Corinthians e Botafogo. Foi uma emoção gigante estar por trás das câmeras em um jogo tão grande, ainda mais sendo São-paulino, foi a realização de um sonho", relembra Paulo.
Oportunidade de fotografar a Seleção Brasileira
Ao falar sobre a oportunidade de fotografar a Seleção Brasileira, Paulo não esconde sua felicidade. "Agora posso dizer que zerei o game, porque fotografar a Seleção Brasileira é o ápice para qualquer fotógrafo esportivo. Tem gente, como o meu mentor, que está há anos na profissão e não teve essa chance. Com apenas um ano e oito meses de carreira, tive essa oportunidade, e sou muito grato por tudo", declarou Paulo.
Desafios da profissão
Para Paulo, fotografar uma partida de futebol em grande escala apresenta diversos desafios técnicos e logísticos. "Um dos maiores desafios é ser reconhecido no meio dos atletas e profissionais pelo material de qualidade, que demanda muita dedicação. Além disso, a logística é complicada porque moro em uma cidade distante, sempre preciso chegar muito cedo aos estádios e costumo sair muito tarde também, então o trabalho físico acaba sendo desgastante. Mas tudo isso compensa quando você consegue entregar um material de qualidade", conta ao Portal AssisCity.
Preparação das fotografias
Paulo destaca que seu processo envolve um estudo prévio sobre o cliente e o evento, mas que são as fotos espontâneas que geralmente trazem maior destaque e repercussão. Para ele, capturar a energia da torcida é essencial, já que "a torcida é o termômetro de uma partida", e o amor pelo futebol se expressa de forma natural, facilitando cliques cheios de emoção.
Registros mais marcantes
Quanto aos momentos icônicos, Paulo revela que o ápice da fotografia esportiva é registrar o gol ou um lance único, aquele que apenas ele capturou entre muitos outros fotógrafos. Ele ainda relembra um momento marcante em sua carreira: a entrada da ambulância no jogo entre São Paulo e Nacional pela Libertadores. "Um momento que não sai da minha cabeça é no jogo entre São Paulo e Nacional do Uruguai, pela Libertadores, no dia 22 de agosto, no Morumbis. O momento em que a ambulância entra no gramado gera toda uma tensão que se concretiza com a morte do Juan Izquierdo alguns dias depois. São momentos que marcam muito", disse ao Portal AssisCity.