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Nova máquina de radioterapia reduz o tempo de tratamento de tumores cancerígenos para apenas 2 minutos

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  • 23/04/15
  • 13:00
  • Atualizado há 468 semanas

Versa HD é uma máquina de radioterapia de alta velocidade que usa equipamentos muito mais avançados do que o tratamento convencional.

Por conta disso, ela será responsável por diminuir o tempo do tratamento de tumores.

Normalmente, o procedimento levaria 15 minutos ou mais, mas agora, com essa nova máquina, tudo poderá ser feito em apenas 2 minutos. Isso significa que os pacientes terão de ficar parados por períodos muito mais curtos e tendo menos incômodo.

Isto é de grande benefício, pois o menor movimento da pessoa pode fazer com que o feixe de luz desvie do alvo, matando as células saudáveis em vez de as cancerosas. Por exemplo, se um paciente tem um tumor no pulmão ou no abdômen, até mesmo uma tosse ou respiração ofegante durante o tratamento pode tirar o feixe do alvo.

Na etapa de planejamento do tratamento, os médicos identificam onde é o câncer e em qual área é possível tratar com radiação. Entretanto, qualquer movimento pode afetar o mapeamento do tumor durante a radioterapia. Se poucos dos raios lançados atingem as células cancerosas, elas não podem ser destruídas. Porém, além disso, o processo errado pode resultar em efeitos colaterais prejudiciais, tais como úlceras internas dolorosas.

Cerca de 40% de todos os pacientes com câncer fazem radioterapia. A nova tecnologia, além de diminuir o risco de desviar o feixe para outras células saudáveis, também pode significar tempos de espera menores para os doentes e os médicos podem reduzir a quantidade de tempo que leva para tratá-los.

O Versa HD oferece mais de três vezes a quantidade de radiação de uma máquina de radioterapia normal, e também tem um sistema de disparo do laser mais preciso. De modo a coincidir com a forma do tumor, o feixe é passado através de painéis bem finos de metal denominados "folhas".

O tratamento está disponível no Centro de Câncer no Hospital Universitário de Saint James e no Hospital Christie, ambos em Manchester, Inglaterra. Julie Owens, radioterapeuta no Centro de Câncer, disse: "Com o novo equipamento, aos pacientes com doenças como câncer de pulmão, podem ser dadas altas doses de radiação de forma mais direcionada e precisa possível. A redução do tempo é um ganho muito grande para nós e agora há menos chance de a movimentação do paciente afetar algo durante a radioterapia".

Em um outro projeto, minúsculas "balizas" estão sendo usadas para fazer as técnicas de radioterapia serem mais precisas. As balizas, que podem ser temporariamente fixadas à pele ou implantadas, são desenvolvidas para controlarem o movimento do alvo durante a radioterapia de tumores, de modo a reduzir o risco de danos ao tecido saudável circundante.

Elas, cada uma do tamanho de um grão de arroz, "dizem" a um computador central, por meio de ondas de radiofrequência, e podem emitir um alerta se houver qualquer movimento, permitindo que o doente seja reposicionado, se necessário.

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