Dia Mundial do Veganismo: estudantes de Assis contam como aderiram essa filosofia de vida
Data traz reflexões sobre a saúde humana e a preocupação com a vida animal
Redação AssisCity
- 01/11/23
- 15:00
- Atualizado há 49 semanas
É celebrado nesta quarta-feira, 01 de novembro, o Dia Mundial do Veganismo. Essa data é comemorada desde 1994 em homenagem ao cinquentenário da The Vegan Society, organização inglesa fundada em 1944, como informa a Associação Brasileira de Veganismo.
Mas afinal, o que é veganismo? Ainda há quem confunda essa filosofia de vida com o vegetarianismo, com o qual tem muitas semelhanças. É importante ressaltar, porém, que ao contrário do vegetariano, o vegano não consome nada que derive do animal, como leite e queijo, por exemplo.
Essa mudança de hábito vem se tornando cada vez mais uma filosofia de vida, conquistando novos adeptos e conscientizando as pessoas sobre a preocupação com a vida animal.
A estudante de Ciências Biológicas da Unesp de Assis, Andriele Reco, conta que inicialmente se tornou adepta do vegetarianismo após assistir alguns documentários a respeito de como os animais são criados para o abate. A sua paixão por animais foi o maior motivo para restringir todo tipo de carne da sua alimentação. E na sua procura por opções vegetarianas conheceu o veganismo, iniciando assim a sua transição. "Até o momento, eu achava que era apenas um tipo de alimentação, mas encontrei muito mais que isso. É uma luta gigante por um propósito que é a vida dos animais", disse.
Andriele explica que o estilo de vida vegano a motivou por diversos fatores, como a filosofia de condenação a exploração animal, a preservação da biodiversidade, o combate ao aquecimento global, além de proporcionar saúde para a vida humana. "O veganismo é muito importante não só para a manutenção da vida dos animais, quanto a do meio ambiente e a vida humana. Esse estilo de vida também é importante para a saúde, a alimentação vegana diminui riscos de adquirir doenças ao longo da vida e proporciona todos os nutrientes que uma pessoa precisa. E o melhor de tudo é que não é necessário que ninguém morra para que haja vida", conclui.
Compartilhando deste pensamento de luta pela causa animal e preocupação a saúde, a estudante de Mestrado em Letras, Mariane Ribeiro, conta que também conheceu mais sobre o veganismo após se tornar vegetariana. "Fui vegetariana dos 17 aos 22 anos, quando, na pandemia, cortei o consumo de qualquer produto de origem animal e me tornei vegana", disse.
A estudante conheceu o veganismo através das redes sociais e documentários, que hoje são grandes pontos de informações para quem procura conhecer mais sobre a causa. Segundo ela, esses conteúdos informativos ajudaram a criar mais empatia pelos animais, juntamente com a consciência política, social e ambiental que esse estilo de vida oferece.
Dados apresentados pela Sociedade Vegetariana do Brasil mostram que o vegetarianismo e o veganismo têm crescido muito no país nos últimos anos, e esse crescimento atinge principalmente o mercado de consumo. Esse mercado vai aos poucos se adaptando para atender as novas necessidades dos consumidores. Hoje é possível encontrar opções veganas em cardápios de vários estabelecimentos, e até mesmo em setores de beleza e comésticos, que aderem à causa não realizando testes em animais.