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Dor do crescimento não é manha e deve ser levada a sério

Dores de crescimento atingem de 10% a 20% das crianças, mas são benignas e desaparecem espontaneamente, mesmo sem tratamento

Assessoria de imprensa

  • 17/10/22
  • 15:00
  • Atualizado há 75 semanas

Correr, pular e brincar faz parte do dia a dia de toda criança. No entanto, em alguns casos, os pequenos se queixam de dores específicas nas pernas após realizarem essas atividades. Quando isso ocorre, é preciso que os pais se mantenham atentos e levem as crianças ao consultório de ortopedia.

As queixas de dores nos membros são comuns entre as crianças e podem ser dores do crescimento. Segundo a Sociedade Brasileira de Ortopedia (SBOT), essa patologia normalmente ocorre durante a noite e acomete 10% a 20% das crianças brasileiras.

A dor do crescimento é benigna e pode aparecer ao longo de toda a infância até os 18 anos de idade. Embora seja uma condição comum, muitos pais ainda a desconhecem e, ao escutarem as queixas das crianças no final do dia, acreditam que as reclamações são apenas manhas infantis. Entender a patologia pode ajudar a tratar as dores e proporcionar uma melhor qualidade de vida para as crianças e suas famílias.

O que é dor do crescimento?

Segundo a SBOT, essa condição recebeu o nome de "dor do crescimento" no início do século XIX e, apesar da nomenclatura, não apresenta relação com o crescimento. Conforme a sociedade, o termo foi adotado por ortopedistas para diferenciar essa condição de doenças que possuam sintomas semelhantes em crianças.

A patologia é caracterizada por dores ou desconfortos nas pernas, sendo mais frequentes em dias agitados.

Quais os sintomas da dor do crescimento

A dor do crescimento pode afetar as duas pernas da criança, causando desconforto principalmente na parte da noite. Por esse motivo, muitos pequenos acabam tendo sua qualidade de sono comprometida, uma vez que as dores podem ser tão intensas que levam ao choro e os impedem de dormir.

Segundo a SBOT, na manhã seguinte a criança não apresenta limitação física ou sintoma, sendo rara a ocorrência diária da condição. O intervalo das dores pode ocorrer com variações de dias, semanas ou meses.

As regiões dos membros inferiores mais afetadas por essa patologia são a parte da frente da coxa, as panturrilhas e a parte de trás dos joelhos. Além das dores, segundo a SBOT, a condição afeta ainda a qualidade de vida da criança e de toda a família.

Como identificar a dor do crescimento

O diagnóstico da dor do crescimento tem como base critérios clínicos. Conforme a Sociedade, geralmente os primeiros indícios da condição ocorrem entre 3 e 6 anos de idade, indeferindo os sexos.

Ao perceberem as queixas das crianças, é importante que os pais os encaminhem para o pediatra ou ortopedista de confiança. Isso porque, de acordo com a SBOT, é necessário realizar diagnósticos para descartar as causas não benignas. Durante a consulta médica, o profissional pode solicitar a realização de exames físicos, laboratoriais ou de imagem.

Segundo o órgão, os exames laboratoriais podem ajudar na exclusão de outras doenças por meio de identificações de alterações no hemograma, hemossedimentação e proteína C. Esses aspectos podem ajudar a descartar a presença de inflamações ou infecções, condições que descartam o diagnóstico de dor do crescimento.

Já os exames de imagem como radiografias, ressonância magnética e cintilografia óssea podem auxiliar da exclusão de neoplasias, traumas, osteomielite e metástases de câncer.

Após a realização dos exames, caso não seja notada anormalidade, o médico poderá afirmar que os sintomas indicados pela criança são, de fato, resultados da dor do crescimento.

Como ocorre o tratamento

Com o diagnóstico confirmado para a patologia, os pais precisam compreender que as dores são benignas e desaparecerão ao fim da infância. No entanto, há algumas medidas capazes de proporcionar alívio durante os episódios.

Segundo a SBOT, 95% das crianças apresentam resultados satisfatórios com massagens e, em crises mais intensas, com uso de analgésicos e anti-inflamatórios. Cabe ressaltar que os sintomas dessa patologia são autolimitados, ou seja, desaparecem espontaneamente mesmo sem tratamento.

Compressas quentes na região e alongamentos também ajudam a sanar o desconforto caracterizado pela dor do crescimento. No entanto, é importante buscar orientação médica antes de tomar qualquer medida.

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