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Motoristas questionam acidentes frequentes, imprudência e sinalização na rodovia que liga Assis à Marília

O trecho está em obras desde 2020 e vai trazer mais segurança aos usuários com a duplicação da rodovia

Redação AssisCity

  • 31/01/23
  • 11:00
  • Atualizado há 91 semanas

Na noite deste domingo, 29 de janeiro, um grave acidente matou a jovem assisense, Catarina Mercadante, na Rodovia Rachid Rayes, SP-333, que liga Assis à Marília.

A rodovia que está em obra desde 2020 e totalizam 64 quilômetros de duplicação, quando entregue, dará segurança aos usuários. No entanto, agora tem causado preocupação por parte dos motoristas que a utilizam frequentemente.

A duplicação no trecho de Marília a Echaporã e de Echaporã a Assis segue na fase final com mais de 95% das intervenções já concluídas, mas, segundo a Entrevias, "ainda é necessário manter o desvio do tráfego para a conclusão dos trabalhos e até que haja a aprovação final da Artesp para liberação da nova pista construída".

Acontece que em alguns trechos, tem ocorrido alguns acidentes e diante disso, motoristas que realizam esse trajeto questionam a Entrevias, concessionária responsável.

Divulgação - Obras ligação Marília x Assis - Foto: Divulgação
Obras ligação Marília x Assis - Foto: Divulgação

Natã Enrico Alves utiliza o trecho Assis a Echaporã toda semana e demonstra preocupação. "Não sei até que ponto a empresa que toma conta da rodovia tem culpa, mas o básico é a falta de sinalização em alguns pontos, e quando tem confunde o motorista, a exemplo na entrada de Echaporã", explica.

Segundo Natã, com as obras em andamento, o principal ponto para ele são as ultrapassagens. "Com apenas a pista simples nesse trecho, faz com que os motoristas realizem ultrapassagens perigosas, com imprudência, o que deixa mais propício a ocorrer acidentes", afirma.

A Entrevias explica que "a sinalização neste trecho segue as diretrizes do Código Brasileiro de Trânsito e DER-SP, incluindo restrições de tráfego e placas de velocidade reduzida de 60 km/h a fim de garantir a segurança dos trabalhadores da concessionária e dos próprios usuários de rodovia".

Outro questionamento é sobre a baixa presença de policias rodoviários na estrada. "Sabendo o quanto está perigoso, poderia ter alguma fiscalização", comenta.

Com alguns quilômetros e trechos da pista pronta, o motorista pede para a empresa liberar parcialmente a estrada e finaliza: "Pra mim, a culpa maior da empresa é a demora na entrega da obra, o resto é mais imprudência das pessoas", questiona.

A Entrevias explicou que é proibido a circulação nas pistas novas porque ainda não estão liberadas ao tráfego. "Reiteramos que o tráfego nestas pistas está restrito aos veículos e equipamentos que atuam nas obras. Tão logo as novas pistas estejam liberadas ao tráfego, a Concessionária fará a devida divulgação", explica a Entrevias em nota.

A comerciante Katia Regina Oliveira, que também viaja com frequência pela rodovia questionou a sinalização do local. "Simplesmente está um caos aquela rodovia, está em obras e a noite não tem muita sinalização, para quem não conhece e passa por lá, está muito perigoso", relata.

Ela conta também que seu marido viaja para Marília há 20 anos e que nunca ocorreu nenhum acidente, mas que ela em particular sente medo e não viaja por total insegurança. "Tomara que essas obras terminem logo, porque não foi só essa vítima, sempre dizem que as obras estão se encerrando, mas não", finaliza.

Em nota, a Entrevias cita a imprudência dos motoristas como uma das maiores causas de acidente. "Todos devem respeitar a indicação da velocidade estabelecida para os trechos em obra, de 60 km/h. Orientamos também sobre a importância de uma direção preventiva e de cumprimento das normas de trânsito, sendo a imprudência a principal causa de acidentes registrados em todo o trecho sob gestão da Entrevias, como é o caso de ultrapassagem irregular", finaliza.

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