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Tratamento para lepra é oferecido gratuitamente pelo SUS

A lepra, se não for tratada, pode atingir os nervos periféricos

Divulgação

  • 31/08/15
  • 11:00
  • Atualizado há 454 semanas

A hanseníase, também conhecida como lepra, é uma doença infecciosa causada por uma bactéria chamada Mycobacterium leprae. Foi descoberta em 1973 por um cientista chamado Hansen, e é uma das doenças mais antigas já registradas na literatura, com casos na China, Egito e Índia, antes de Cristo, e atualmente, já tem cura e é oferecido gratuitamente pelo SUS.

Se não for dada a atenção necessária à doença e não for tratada pode ser preocupante e atingir além da pele até os nervos periféricos. Atualmente, no mundo todo, o tratamento é gratuito e há várias campanhas para erradicação da doença.

A transmissão do M. leprae se dá através de contato íntimo e contínuo com o doente não tratado.

Apesar de ser uma doença da pele, é transmitida através das vias aéreas superiores, secreções nasais, tosses e espirros. Não há transmissão pelo contato com a pele do paciente, ou seja, não se pega lepra por um aperto de mãos.

Sintomas

O primeiro e principal sintoma da doença é o aparecimento de manchas de cor parda, ou eritematosas, que são pouco visíveis e com limites imprecisos; a perda de sensibilidade térmica; perda de pelos e ausência de transpiração no local. Nódulos (caroços) no corpo, em alguns casos avermelhados e dolorosos.

Quando a doença lesiona o nervo da região em que se manifestou, causa dormência e perda de tônus muscular. Pode ainda haver transformação da musculatura esquelética, causando deformidades nos membros.

Tratamento

O tratamento é feito com PQT (Poliquimioterapia), que é um coquetel de antibióticos. É gratuito e fornecido pelo SUS. O esquema de administração dos medicamentos depende da classificação da doença.

Prevenção

Além da vacina BCG, a melhor forma de prevenir a doença é manter o sistema imunológico eficiente. O diagnóstico precoce, sempre feito por um dermatologista, é basicamente uma avaliação clinica e ainda é a melhor maneira de evitar as complicações da patologia.

A dermatologista Carla Ganassin alerta para o tratamento "É importante lembrar que assim que a pessoa inicia o tratamento deixa de transmitir a doença. O paciente com hanseníase não precisa ser afastado do trabalho, nem do convívio familiar. Ele precisa iniciar o tratamento para que não sofra", diz a médica.

Houve época em que os "leprosos" ficavam isolados no fundo de um poço e se contentavam em assistir à perda gradativa de cada um de seus membros. Hoje eles já podem parar de cavar. A lepra tem cura.

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