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Moradora do Santa Clara pede ajuda no transporte para fazer hemodiálise em Prudente

Em Assis não há vagas e a Prefeitura também não pode ceder o transporte porque Presidente Prudente não é referência

Redação AssisCity

  • 03/02/16
  • 15:00
  • Atualizado há 429 semanas

A moradora do Jardim Santa Clara, Rosimeire Soares dos Santos, 34 anos, que mudou-se a pouco tempo para de Presidente Venceslau, faz tratamento de hemodiálise em Presidente Prudente, porque em Assis não tem vaga, o seu gasto mensal para fazer o tratamento em três dias semanais é em torno de R$ 480,00. A mulher reclama da falta de vaga no Município e declara que a Prefeitura não oferece transporte para o tratamento na cidade vizinha.

Rosimeire ressalta que decidiu morar em Assis porque a cidade oferece o tratamento de hemodiálise, processo que elimina as substâncias tóxicas do organismo, pois o rim não exerce a função adequadamente que consiste na filtragem do sangue para a eliminação das impurezas.

"Decidi morar em Assis, porque tem o tratamento de hemodiálise e também pelo fato de ter mais empregos para o meu marido do que em Presidente Venceslau. Moro na residência da minha prima no Santa Clara e não pago nada, ajudo com as despesas da casa. Achei que a vida seria mais fácil aqui, mas pelo contrário, tenho que me tratar em Presidente Prudente porque não tem vaga e a Prefeitura não oferece transporte", reclama.

A reclamante conta que vai à Presidente Prudente em três dias semanais e que geralmente são nas segundas-feiras, quartas-feiras e sextas-feiras. Ela relata que pega um ônibus suburbano às 6h20, chega em Prudente às 9h40 e para voltar, embarca às 15h50 e só chega em Assis às 19h. "A passagem de Assis para Prudente é R$ 19,05 e o retorno custa R$ 21,50. Não tenho dinheiro para isso, tenho filhos para criar e meu marido está desempregado. Recebo somente um salário mínimo de auxílio doença, por causa das lesões nos rins, por isso faço a hemodiálise, não tenho condições de trabalhar. Queria fazer o tratamento aqui, mas já que não tem vaga, a Prefeitura poderia ao menos me fornecer transporte", disse.

A moradora do Santa Clara pediu ajuda no grupo do Facebook, Muambeiro Assis, e conseguiu algumas doações financeiras. Enquanto o seu problema não for resolvido, falta de algumas sessões de hemodiálise. Assim pede ajuda nas redes sociais e coloca o seu telefone à disposição para que algumas pessoas se informem sobre a sua situação e saiba como ajudar.

SAÚDE

A equipe de reportagem do AssisCity entrou em contato com a Secretária Municipal de Saúde, Denise Fernandes de Carvalho, que afirmou ter ciência do caso e que a mulher faz tratamento em Presidente Prudente porque não tem vaga na cidade. "A Rosimeire está na lista de espera para fazer o tratamento em Assis, não temos vagas no momento, pois já ultrapassamos o nosso teto de atendimento que são 100 pessoas, atendemos atualmente 123 indivíduos. Lamento não poder ajudá-la. O Município de Presidente Prudente não é cidade conveniada e referência para o tratamento de hemodiálise para Assis, o local mais próximo é Marília, que também não pode atender, pois já está com as vagas lotadas também, por este motivo não podemos fornecer transporte para o seu tratamento", diz.

Rosimeire Soares dos Santos

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