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Sindicato entrega carta aberta à população contra retirada de direitos dos bancários da CEF

Na reunião da mesa permanente de 12 de julho, a Caixa deu prazo até 11 de agosto para que as entidades representativas apresentem laudos técnicos que justifiquem a manutenção do adicional de insalubridade de avaliadores de penhor

Assessoria de Comunicação/Foto: Assessoria

  • 21/07/16
  • 17:00
  • Atualizado há 405 semanas

Dirigentes do Sindicato dos Bancários de Assis e Região estiveram na agência da CEF (Caixa Econômica Federal) do município, no dia 20 de julho, fazendo a distribuição de uma Carta Aberta à população contra a retirada de direitos dos trabalhadores. A instituição quer retirar o adicional de insalubridade dos avaliadores de penhor.

A decisão da Caixa Econômica Federal foi anunciada no dia 5 de julho, mas graças a mobilização dos empregados e pressão das entidades representativas houve o recuo do banco, que assegurou o pagamento em julho. Na reunião da mesa permanente de 12 de julho, a Caixa deu prazo até 11 de agosto para que as entidades representativas apresentem laudos técnicos que justifiquem a manutenção do adicional de insalubridade de avaliadores de penhor.

A atividade de penhor é uma das mais antigas da Caixa, confunde-se com a fundação da instituição, em 1861. Também é rentável, representando mais de 30% das receitas. O serviço, prestado exclusivamente pelo banco, atrai cada vez mais clientes de baixa renda. Mas nem sempre foi assim. Antigamente, as operações eram feitas por casas privadas, que cobravam juros extorsivos e impunham cláusulas abusivas.

Apesar dessa importância, é com desrespeito que os avaliadores de penhor são tratados. O mais recente golpe contra esses cerca de 900 trabalhadores foi a retirada do adicional de insalubridade. Trata-se de um valor, pago há mais de 40 anos, que hoje é de apenas R$ 352, em razão dos riscos à saúde gerados pela manipulação de produtos químicos. A Caixa argumenta que os locais de trabalho são adequados, mas os relatos dos avaliadores mostram justamente o contrário.

As entidades do movimento sindical e associativo defendem um ambiente saudável para os trabalhadores e clientes que recorrem diariamente ao penhor. Enquanto essa conquista não é alcançada, é arbitrário suspender o adicional de insalubridade dos avaliadores. Essas entidades

querem tempo para contratarem perícias técnicas, a fim de que os locais de trabalho sejam analisados. A valorização dos avaliadores de penhor é uma luta de todos. Afinal, não apenas eles serão beneficiados com melhorias nos ambientes em que as operações são realizadas, mas milhares de brasileiros que recorrem ao serviço país afora.

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