Advogado afirma que jovem presa em Assis não faz parte de organização criminosa

No dia 9 de dezembro, duas mulheres foram presas em Assis pela acusação de tráfico de drogas. Na casa delas foram encontrados tijolos de maconha, além de uma porção embalada para ser introduzida dentro do corpo, totalizando a quantia de 1.220,960 gramas da droga.

Uma das jovens, de 21 anos, foi encontrada e presa após sair do trabalho. Os policiais revistaram a casa dos pais dela, onde descobriram diversas cartas da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) que ela havia recebido do marido, que estava preso por tráfico de drogas.

As cartas mencionavam a quantidade de droga que deveria ser levada para o presídio, controle de quanto já havia, valores e contabilidade detalhada referente à droga.

De acordo com o advogado da jovem, Ernesto Nóbile, a sua cliente não faz parte do PCC e é filha de uma excelente família.

"Seu único pecado foi ter se apaixonado por um homem que foi preso e ela foi envolvida em um caso nebuloso. Ela não é traficante, tem emprego fixo, registrada em carteira e uma família maravilhosa. Portanto, ela não pode, antes de ser julgada pela Justiça, ter seu nome enxovalhado, principalmente nas redes sociais, onde pessoas maldosas têm o prazer de publicar sua foto com asneiras e mentiras", declarou o advogado.

O advogado informou ainda que a jovem está grávida de 4 meses e tem corrido o risco de abortar na Penitenciária Feminina de Pirajuí que tem a capacidade para 700 detentas, mas abriga atualmente 1500.

"É preciso respeitar o ser humano e não se deve ridicularizar ninguém usando os meios sociais. Acima de tudo é preciso proteger um ser que está dentro do útero de uma mulher. Por isso estou impetrando junto ao Juiz da 3ª Vara Criminal, Dr. Alexandre, o pedido de prisão domiciliar, para que a jovem tenha seu filho em casa, com o apoio da família, visando preservar não apenas a sua vida mas também a da criança", conclui.