Buscar no site

Palmitalenses se organizam para manter projeto social

O projeto objetiva tirar diversas crianças e adolescentes das ruas

Redação AssisCity / Foto: Divulgação

  • 10/02/17
  • 09:00
  • Atualizado há 375 semanas

Diversos pais, crianças e adolescentes, além de funcionários do Projeto Instituto Bola e Cidadania, em Palmital, estão se mobilizando para realizar uma manifestação no sábado, 11, para pedir a manutenção do Projeto, que está paralisado.

O Instituto Bola e Cidadania atendia gratuitamente em torno de 250 crianças e adolescentes entre 6 e 16 anos, no contra turno escolar e era mantido por um grupo de empresários de São Paulo, mas em setembro os empresários romperam a parceria por causa da crise econômica e segundo a coordenadora do Projeto, em Palmital, Maria Angela Mezzetti, somente um empresário custeou a iniciativa até janeiro.

"O único empresário que custeou o Projeto de setembro à janeiro é o presidente do Instituto Bola e Cidadania, mas como não consegue custear sozinho resolveu paralisar as atividades para não deixar dívida alguma. Todos os colaboradores, que somos em 17 funcionários, um menor aprendiz e três prestadores de serviços, estamos trabalhando voluntariamente e pedindo ajuda de empresas da região para as atividades não cessarem", diz Maria Ângela.

Para Maria Ângela, a manutenção do Projeto é essencial, pois atendia 250 crianças e adolescentes de baixa renda e eram oferecidas atividades esportivas, culturais, pedagógicas e sociais.

"O presidente do Instituto tem cinco casas em Palmital. Ele está querendo alugar todas para captar um pouco mais de recurso, mas é pouco, tendo em vista que a manutenção do Projeto é de aproximadamente R$ 60 mil mensais. Estamos nos mobilizando e já enviamos solicitações para quarenta empresas da região, sendo que algumas responderam que admiram o Projeto, mas que não têm condições financeiras para ajudar e outras nem analisaram", desabafa a coordenadora.

Os pais dos assistidos pelo Instituto pediram auxílio do Poder Público Municipal, que segundo Maria Ângela, R$ 10 mil é a proposta mensal. "A Câmara Municipal já até aprovou que a Prefeitura contribua com essa quantia, mas é insuficiente, precisamos de mais, por isso vamos nos mobilizar para que o Município contribua com mais e que empresas também possam ajudar", afirma Maria Ângela.

Andréia Aparecida do Carmo Vicente, 41 anos, mãe de uma adolescente de 13 anos, assistida pelo Projeto lamenta a paralisação das atividades.

"Esse Projeto é fundamental para muitas crianças carentes daqui, pois elas têm atividades de futsal, futebol, dança, computação, inglês e outras. É uma pena se não puder continuar. Para a minha filha foi essencial, ela perdeu o irmão recentemente, estava vendo que iria entrar em depressão. O Instituto Bola e Cidadania não pode fechar as portas em Palmital", conclui a mãe.

A sede do Projeto em Palmital é na Rua Manoel Leão Rego, n° 527. Os manifestantes vão percorrer as principais ruas da cidade e podem passar pela sede também.

O Projeto atende diversas crianças e adolescentes

Receba nossas notícias em primeira mão!