Buscar no site

Apelido

Daniel Freitas

  • 13/04/17
  • 10:00
  • Atualizado há 367 semanas

Por: Daniel Freitas

Apelido é coisa desagradável e o pior é que o danado pega mesmo, principalmente quando o apelidado o rejeita, porque quanto mais ele chia, mais facilidade o apelido tem de emplacar.

Agora, duro mesmo é quando alguns engraçadinhos acabam criando situações para que os apelidados sejam chamados por nomes que eles não suportam deixando-os furiosos.

Por duas vezes fui vítima de armadas desta natureza. A primeira foi quando um dia, casado de novo, entrei num açougue em minha cidade e a mando de uns ¨amigos¨, chamei o proprietário de seu ¨Zezé Ventinha¨, apelido que lhe deram pelo impressionante defeito que ele tinha no nariz. Por pouco que os bifes que lhe pedi não saíram de meu lombo.

Outra vez, na mesma cidade, bati palmas na porta de um senhor de uns sessenta anos e também por recomendação de alguns ¨amigos¨, perguntei se ele era o ¨Zé da égua¨ - apelido que ele ganhou por ter sido encontrado fazendo carinhos estranhos a esse pobre animal.

Duvido que o maior corredor do mundo tivesse me alcançado no pique que dei com a reação daquele homem quando vi o tamanho da peixeira que ele tinha nas mãos.

Um cuidado que se deve ter é com relação a determinados apelidos, que na verdade são também sobrenomes para algumas pessoas. Por exemplo, feijão pode ser apelido e pode ser também sobrenome.

Certa vez numa esquina aqui em Assis eu conversava com um tal de feijão- aqui apelido, que aliás ele repudiava - quando de repente apareceu um sujeito que resolveu participar do papo e em determinado momento ele abriu os braços, bocejou e mandou esta: ¨E vontade de comer um feijão¨.

Claro que ele se referia ao feijão alimento, afinal estava na hora do almoço, mas meu amigo não entendeu assim e a confusão foi armada e não fosse minha interferência as conseqüências teriam sido drásticas.

Receba nossas notícias em primeira mão!

Veja também